La Corte Interamericana de Derechos Humanos (CIDH), en una sentencia inédita, declaró la responsabilidad internacional del Estado de Ecuador por la violación a los derechos a la propiedad colectiva, a la libre determinación, a la identidad cultural y a un ambiente sano de los pueblos Tagaeri y Taromenane en aislamiento voluntario en la Amazonía occidental ecuatoriana. La decisión abarca también otros pueblos en aislamiento en la misma región.
La CIDH ordenó la adopción de medidas dirigidas a reparar las violaciones a los derechos humanos de estos pueblos. Este es el primer caso en el cual la CIDH examinó las particularidades de la protección a los derechos de pueblos en aislamiento.
En su decisión, reafirmó que el principio de no contacto y el respeto a su elección de permanecer en aislamiento deben ser las premisas fundamentales para guiar las acciones estatales. De manera que, el Estado debe tomar medidas para evitar el contacto con estos pueblos y para evitar que terceros vulneren su decisión de vivir en aislamiento.
En 1999, el gobierno ecuatoriano creó la Zona Intangible Tagaeri Taromenane (ZITT) como una zona de conservación vedada a todo tipo de actividad extractiva. La delimitación de esta área no se concretizó sino hasta 2007 por medio de un decreto que estableció, además, una zona de amortiguamiento de 10 km de ancho circundante a toda la ZITT en donde se limitan las actividades económicas.
La zona en donde se encuentra la ZITT es conocida por su riqueza petrolera y existen numerosos pozos petroleros alrededor de ella. Las violaciones a los derechos de los pueblos aislados se centran específicamente en dos zonas de explotación: los Bloques 31 y 43, por una parte, y el Campo Armadillo, por otra parte.
La mañana de este miércoles (12), cientos de campesinos del Bajo Aguán, hombres y mujeres sin tierra del departamento del Yoro e indígenas lencas realizaron una manifestación en la ciudad de San Pedro Sula, en el marco del “Foro de Derechos Humanos y Empresas”, realizado con el apoyo de la Unión Europea en la Cámara de Comercio e Industrias del departamento de Cortés, en la costa atlántica hondureña.
La protesta fue convocada por el Consejo Cívico de Organizaciones Populares e Indígenas de Honduras (Copinh), la Plataforma Agraria del Aguán y el Movimiento de hombres y mujeres sin tierra de Yoro para rechazar lo que consideran el “lavado de imagen” de gremiales empresariales como la Asociación Hondureña de Energía Renovable (AHER), el Consejo Hondureño de Empersa Privada (COHEP) y la Asociación Nacional de Industriales (ANDI).
Acorde a los manifestantes, estas gremiales cobijan a empresas que, “durante décadas se han dedicado a atacar a personas y organizaciones defensoras de Derechos Humanos, y al sistema de justicia de nuestro país, promoviendo golpes a la institucionalidad del Estado, corrupción y violencia para convertir el sistema de justicia y seguridad de Honduras en un sistema de impunidad y persecución”.
Durante la movilización, los participantes rechazaron la utilización de lenguaje de Derechos Humanos para lavar la imagen de las gremiales empresariales, a quienes señalan por estar “manchados con la sangre de defensoras y defensores de derechos humanos y del pueblo hondureño”.
Mediante comunicado, las organizaciones convocantes señalan que las empresas participantes del foro “dependen de la impunidad para despojar a las comunidades indígenas y campesinas de sus territorios, su agua y tierra, con fraudes de ley y con violencia”.
Texto: Radio Zapatista | Fotos: Teia dos Povos | Vídeos: Teia dos Povos e Radio Zapatista
Enquanto no planeta o ódio, a intolerância e a imposição do mundo único se propagam como vírus, no Brasil milhares de pessoas se reúnem na VIII Jornada de Agroecologia da Bahia, organizada pela Teia dos Povos, uma grande aliança negra, indígena e popular do campo e da cidade, para refletir sobre o estado do nosso mundo, continuar construindo autonomias e celebrar a grande pluralidade de formas de ser, viver, resistir e criar vida fora da lógica do capital e do Estado.
A Teia dos Povos nasceu em 2012 perante a compreensão de que nem os povos indígenas, nem os povos afrodescendentes, nem os povos camponeses, nem os sem-terra, nem as luchas populares urbanas poderão enfrentar sozinhos a espoliação e a violência de um sistema cada vez mais voraz. Foi assim que começou a construção dessa grande articulação de movimentos sociais autonomistas de baixo e à esquerda no campo e na cidade, que hoje inclui um grande número de núcleos em dez estados do país.
A Teia dos Povos se organiza em núcleos de base — territórios onde se constrói e defende a autonomia — vinculados em rede por meio de elos da teia — organizações, coletivos e indivíduos sem um território próprio, que servem de apoio e vinculação entre os diferentes núcleos. Cada dois anos, a Jornada de Agroecologia reúne milhares de membros dos povos indígenas, afros e populares do campo e da cidade para continuar construindo essa grande articulação de autonomias.
Esta VIII Jornada aconteceu pela primeira vez na cidade de Salvador, Bahia: a cidade mais negra do Brasil, com uma população em torno a 80% afrodescendente, com uma rica cultura derivada de séculos de resistência em um contexto de racismo sistêmico e de repressão por parte das forças policiais, que na Bahia são as mais mortais do país, como denunciou Thiago Torres durante a Jornada. Com o tema “Aliança do campo e da cidade para o combate à fome e à pobreza”, a VIII Jornada reuniu vários milhares de pessoas de diversos estados do Brasil, do 29 de janeiro ao 2 de fevereiro de 205.
Ancestralidade viva
Os povos resistem e constroem outras realidades a partir da sua própria visão de mundo, diferente e oposta à imposta pelo capitalismo, e da sua conexão com uma ancestralidade que é o fundamento dessa visão. Assim, entre as reflexões e denúncias das diversas violências sofridas pelos diferentes povos reunidos, a celebração da ancestralidade está sempre presente. É por isso que a inauguração da Jornada no 29 de janeiro começou com um ritual de apertura dos povos indígenas e outro dos povos pretos:
Trata-se de uma espiritualidade nunca desvinculada do político, uma espiritualidade que dá sentido à luta pela vida e pelo cuidado dos territórios, em sua dimensão sagrada tão diferente do pensamento utilitário capitalista. Uma espiritualidade que celebra a vida com alegria, com os orixás, inquices e voduns africanos e os encantados indígenas e outras entidades dançando, celebrando, lutando, resistindo e reexistindo entre os vivos.
Pensar com o coração
Reflexão para a luta, o pensamento crítico coraçonado é fundamental para a construção de alternativas de base no contexto da “tormenta”, da crise civilizatória atual. Entender a conjuntura atual no Brasil e no mundo, que põe em risco a própria vida no planeta, é tarefa imprescindível dos povos em luta. Assim, a Jornada começou com uma análise da conjuntura na plenária, seguido de grupos de discussão denominados malocas de saberes, com os temas: terra e território, saúde, educação e agroecologia populares, entre outros. Ali se discutiram não apenas as problemáticas, mas também as iniciativas para recuperar e defender a terra e construir a autonomia nos diversos territórios, que vão de aldeias indígenas a quilombos afrodescendentes, assentamentos do MST, periferias urbanas e outros.
Além disso, acadêmicos e pesquisadores de todo o Brasil se reuniram em mesas temáticas para compartilhar seus trabalhos, lançando um olhar outro sobre a realidade dos territórios a partir da valorização dos conhecimentos e saberes das próprias comunidades. Os eixos temáticos incluíram: educação do e no campo, educação contextualizada e educação popular; agroecologia, câmbios climáticos e sistemas agroflorestais; ancestralidade, cultura e arte; conflitos territoriais, meio ambiente, Estado e sociedade; soberanias populares.
Mulheres, juventudes, infâncias e outros amores
Para a Teia dos Povos, como para o zapatismo, as mulheres são fundamentais na construção de outras realidades. Em plenária, a terceira noite do encontro, as mulheres realizaram uma grande roda onde, depois do canto coletivo, dialogaram sobre diversos aspectos da sua vida nos territórios, suas organizações e suas iniciativas comunitárias, assim como as estratégias coletivas para enfrentar o patriarcado e o papel da mulher na luta por terra e território.
Nessa roda de mulheres apresentou-se também uma nova iniciativa: a criação do Coletivo TransTeia, no qual se organizam as pessoas trans em sua luta contra a LGBTfobia e a violência de gênero. Discutiu-se a presença “transcestral” e de outras corpas dissidentes na Teia dos Povos. Denunciou-se a violência que sofrem as dissidências sexuais no Brasil, país que nos últimos 16 anos consecutivos ocupa o primeiro lugar em assassinatos de pessoas trans e travestis. Com poesia, dignidade e alegria apesar de tudo, foi declarado inaugurado o Coletivo TransTeia.
Para a Teia dos Povos, a juventude é também fundamental. Nesta VIII Jornada de Agroecologia, a juventude foi responsável por honrar as companheiras e companheiros ausentes, aquelas e aqueles que se encantaram nos últimos anos. Centenas de jovens realizaram um cortejo com cantos, estandartes e ferramentas de trabalho para celebrar a vida das e dos ausentes, terminando com uma grande roda onde os jovens fizeram demandas coletivas e compartilharam experiências e criações artísticas.
As crianças não podem faltar, nunca. Na Jornada criou-se um Terreiro Lúdico onde, além dos muitos jogos e brincadeiras, houve contação de histórias, leitura de livros educativos, uma visita a uma biblioteca móvel, distribuição de livros, uma exposição da Rede de Zoologia Interativa e teatro de fantoches.
Rede de Capoeiristas da Teia dos Povos
A capoeira é uma arte marcial anticolonial criada pelos escravizados no Brasil em sua luta pela liberdade, a partir de tradições ancestrais africanas. À diferença de outras artes marciais concebidas como meios de combate frontal em situações de guerra, a capoeira é uma arte dos subalternos, uma arte de combate furtiva, clandestina: uma guerra de guerrilhas. É por isso que a manha, o engano, o jogo que esconde o ataque supressivo, o mistério, a magia, o poder do encantamento são a própria essência da capoeira: a mandinga. Jogo, dança, música, acrobacia, luta e ancestralidade se misturam numa arte que vai muito além de uma simples técnica de combate, com um forte vínculo com as práticas espirituais de matriz africana.
Durante a Jornada, inaugurou-se a Rede de Capoeiristas da Teia dos Povos, considerada fundamental na autodefesa dos povos, que por sua vez é uma das dimensões essenciais da construção da autonomia. Para celebrar a criação da Rede de Capoeiristas, realizou-se uma grande roda de capoeira na qual participaram diversos mestres e mestras, mulheres, homens e crianças.
Sem dança não há revolução
Sem dança não há revolução, dizem que dizem. Nada mais verdadeiro nesta VIII Jornada, em que a dança, a música e a celebração da vida foram onipresentes. Perante a espoliação, a dignidade; perante a violência, o respeito e a alegria; perante a competição e o lucro, a solidariedade e o comum; perante a morte, a vida; perante a dor, a dança. Em todo lugar, em todo momento, grandes ou pequenas rodas de música e dança, celebração e vida, surgiam, planejadas ou espontâneas.
Um dos momentos mais alegres foi o samba de roda Quixabeira da Matinha, composto por agricultoras e agricultores da comunidade quilombola Matinha dos Pretos, com 35 de luta e resistência, com músicos autodidatas que receberam o conhecimento dos mais velhos e por sua vez o transmitem aos mais jovens.
Também esteve presente Bule-Bule, músico, repentista, escritor e poeta, referência das tradições musicais nordestinas e companheiro da Teia dos Povos. Com a gente também esteve o compositor, cantor e músico Mateus Aleluia, originário de Cachoeira, guardião de saberes ancestrais do povo negro e um dos mais importantes compositores da música popular brasileira.
Soberania alimentária e a arte de compartilhar
Um dos principais eixos da Teia dos Povos é a soberania alimentar, assim como a cultura da compartição, da coletividade e da solidariedade. As muitas caravanas organizadas de uma grande diversidade de geografias do Brasil montaram refeitórios comunitários autônomos com alimentos cultivados nos territórios, oferecendo café da manhã, almoço e janta para os milhares de pessoas presentes na Jornada. Comer em coletivo, compartilhar histórias, agradecer as muitas mãos e corações que possibilitaram essa abundância generosa e solidária virou, assim, um ato político de construção de outra forma de viver e de nos relacionarmos, em um mundo regido pela lógica do lucro a qualquer custo.
Ao longo de todo o evento, houve também uma Feira Agroecológica dos Povos, com membros de diversas comunidades, assentamentos, quilombos e aldeias da Teia dos Povos vendendo artesanato, alimentos e todo tipo de produtos produzidos pelos povos organizados.
Literatura e poesia
Evidentemente, não poderia faltar uma feira literária, onde se lançaram livros publicados pela Editora da Teia dos Povos e outras editoras companheiras e independentes, como a Glac Edições, além de debates, leituras e um sarau poético no qual, entre muitas e muitos outros poetas, se apresentou o companheiro Nelson Maca (leia/escute a entrevista com Rádio Zapatista em agosto de 2016).
A proposta política da Teia dos Povos é, em muitos sentidos, semelhante à construção zapatista e, sobretudo, à proposta da Sexta Declaração da Selva Lacandona: a criação, fortalecimento e multiplicação de autonomias locais, cada uma de acordo às suas formas, e sua vinculação em rede, com o fim de criar um sujeito político global capaz de enfrentar o sistema de morte que vivemos. As ressonâncias, portanto, entre a construção da Teia dos Povos e o zapatismo são mais que evidentes. Em 2021, a editora da Teia dos Povos publicou o magnífico livro Por Terra e Território, de Joelson Ferreira e Erahsto Felício, que examina as diferentes áreas da autonomia concebidas pela Teia dos Povos e os desafios por construí-las nos seus territórios.
Agora, no livro Sonhando a Terra do Bem Virá, com prefácio de Joelson Ferreira, um dos idealizadores e impulsores da Teia dos Povos, Alejandro Reyes discute as diferentes áreas da autonomia zapatista, suas origens, seu processo de construção, seu funcionamento e os muitos desafios que ainda enfrentam, além de um breve percorrido histórico desde a fundação do EZLN em 1983 até as mais recentes mudanças nas estruturas do governo autônomo e a iniciativa do comum.
En portada: Campesinos de la cooperativa El Chile dentro de la recuperación de tierras que mantienen desde enero del 2023. Foto: Santiago Navarro F
Región norte de Honduras, en las entrañas del Valle de Aguán, hombres fuertemente armados y vinculados al crimen organizado emplean una serie de estrategias de hostigamiento hacia campesinos que han recuperado las tierras de sus ancestros y que estaban en manos de empresas de la industria de la palma aceitera.
Mientras las fuerzas del orden fungen como meros espectadores, la violencia arrecia, dejando como saldo el asesinato de tres activistas, más de 160 familias desplazadas y cientos de personas viviendo en refugios temporales. Diversas organizaciones alzan la voz desde Europa y responsabilizan a varias empresas.
El escenario de violencia se desencadenó desde finales de 2024, donde figura la Corporación Dinant, productora de aceite de palma, como la principal demandante de las tierras que, arguye, son de “su propiedad”.
Las acusaciones contra Dinant no son nuevas. La empresa ha estado en el centro de controversias durante más de una década. Ha sido acusada de tener una vinculación con actos de violencia, asesinatos y amenazas hacia líderes campesinos y defensores de los derechos humanos. Organizaciones internacionales, como la Comisión Interamericana de Derechos Humanos, han denunciado estos abusos, pero las medidas concretas por parte del gobierno de Honduras, bajo la administración de Xiomara Castro, siguen siendo insuficientes.
En portada: Para las tareas de vigilancia en comunidades, el Gobierno Territorial Autónomo de la Nación Wampíscuenta con el grupo de control socioambiental Charip.
El Gobierno Territorial Autónomo de la Nación Wampís (GTANW) denuncia el intento, por parte de la empresa estatal Petroperú y el Gobierno Regional de Loreto, de imponer la explotación de un lote petrolero en su territorio.
En las últimas semanas, el gobierno regional y la Petroperú organizaron reuniones en comunidades amazónicas, con el fin de convencerles de participar en una consulta previa para la ejecución del lote 64 del oleoducto, comprendido en el proyecto Situche.
El GTANW, que reúne a 85 comunidades y representa a 16.000 personas, ya posee un historial de lucha contra las operaciones del oleoducto norperuano, una muestra del desastre ambiental, social y cultural causado por la actividad petrolera en la Amazonía.
Esta infraestructura cruza los territorios de siete pueblos indígenas, afectando en su trayecto a 95 comunidades nativas, desde la Amazonía hasta la costa norte peruana.
Entre 1997 y 2023, el oleoducto norperuano registró 139 derrames, de las 1.462 emergencias reportadas por instituciones públicas en este período, según un informe del Grupo de Trabajo de Impactos de Hidrocarburos de la Coordinadora Nacional de Derechos Humanos.
PUELMAPU ARGENTINA: Cobertura Especial sobre los incendios y la represión al pueblo Mapuche en El Bolsón. Detenciones, allanamientos, y criminalización de los pueblos que luchan por la vida, el territorio y la esperanza. Fuente: FM Quimunche, FM Alas en Bolsón y la Red enfoques.
OAXACA Y GUERRERO: Platicando con el Observatorio Memoria y Libertad sobre las y los presos políticos en la región mexicana. La injusta prisión de dos profesores indígenas de San José Independencia en Oaxaca y el caso de Kenia Hernández, mujer indígena presa de la 4T por protestar junto a su comunidad en el Estado de Guerrero. Fuentes: Observatorio Memoria y Libertad | Presos políticos de San Jose Independencia | Libertad para Kenia
Texto: Radio Zapatista | Fotos: Teia dos Povos | Videos: Teia dos Povos y Radio Zapatista
Mientras alrededor del mundo el odio, la intolerancia y la imposición del mundo único se propagan como un virus, en Brasil miles de personas se reúnen en la VIII Jornada de Agroecología de Bahía, organizada por la Teia dos Povos (Tejido o Red de los Pueblos), una gran alianza negra, indígena y de abajo del campo y la ciudad, para reflexionar sobre el estado de nuestro mundo, continuar construyendo autonomías y celebrar la gran pluralidad de formas de ser, vivir, resistir y crear vida al margen del capital y del Estado.
La Teia dos Povos nació en 2012 ante la comprensión de que ni los pueblos indígenas, ni los pueblos afrodescendientes, ni los pueblos campesinos, ni los sin tierra, ni las luchas urbanas de abajo podrán enfrentar por sí solos el despojo y la violencia de un sistema cada vez más voraz. Fue así que se empezó a construir esa gran articulación de movimientos sociales autonomistas de abajo y a la izquierda en el campo y la ciudad, que hoy incluye un gran número de núcleos en diez estados del país.
La Teia dos Povos se organiza en núcleos de base —territorios donde se construye y defiende la autonomía— vinculados en red por medio de eslabones de la red —organizaciones, colectivos e individuos sin un territorio propio, que sirven de apoyo y vinculación entre los diferentes núcleos—. Cada dos años, la Jornada de Agroecología reúne miles de miembros de pueblos indígenas, afros y de abajo del campo y la ciudad para seguir construyendo esa gran articulación de autonomías.
Esta VIII Jornada se realizó por primera vez en la ciudad de Salvador, Bahía: la ciudad más negra de Brasil, con una población de alrededor de 80% afrodescendiente, con una rica cultura derivada de siglos de resistencia en un contexto de racismo sistémico y de represión por parte de las fuerzas policiales, que en Bahía son las más mortales del país, como denunció Thiago Torres durante la Jornada. Con el tema “Alianza del campo y la ciudad por el combate al hambre y a la pobreza”, la VIII Jornada reunió a varios miles de personas de diversos estados de Brasil del 29 de enero al 2 de febrero de 2025.
Ancestralidad viva
Los pueblos resisten y construyen otras realidades a partir de su propia visión de mundo, diferente y opuesta a la impuesta por el capitalismo, y de su conexión con una ancestralidad que es el fundamento de dicha visión. Así, entre las reflexiones y denuncias de las diversas violencias sufridas por los diferentes pueblos reunidos, la celebración de la ancestralidad está siempre presente. Es por eso que la inauguración de la Jornada el 29 de enero inició con un ritual de apertura de los pueblos indígenas y otro de los pueblos negros:
Se trata de una espiritualidad nunca desvinculada de lo político, una espiritualidad que da sentido a la lucha por la vida y por el cuidado de los territorios, en su dimensión sagrada tan diferente del pensamiento utilitario capitalista. Una espiritualidad que celebra la vida con alegría, con los orixás, inquices y voduns africanos y los encantados indígenas y otras entidades danzando, celebrando, luchando, resistiendo y reexistiendo entre los vivos.
Este viernes 7 de febrero 2025, la Corte Suprema de Justicia de Honduras confirmó la sentencia a 30 años de prisión contra Sergio Rodríguez Orellana, uno de los autores del asesinato de la ambientalista lenca Berta Cáceres ocurrido en marzo de 2016.
Rodríguez se desempeñó como gerente ambiental y social de la empresa Desarrollos Energéticos S.A (DESA), la cual buscó imponer el proyecto Agua Zarca, que consistía en una hidroeléctrica en el río Gualcarque, afluente sagrado de la población lenca. El Consejo Cívico de Organizaciones Populares e Indígenas de Honduras (Copinh), el cual coordinaba Cáceres, mantuvo una férrea oposición al proyecto y detuvo su construcción.
En un comunicado tras la difusión de la sentencia, el Copinh sostuvo que Rodríguez es parte de una estructura criminal que aterrorizó a la comunidad lenca de Río Blanco, desde el año 2013, con la intención de imponer la hidroeléctrica Agua Zarca en beneficio económico de la familia Atala Zablah, la mayor promotora de DESA a través de la empresa “Inversiones Las Jacarandas”.
Tras la confirmación de esta sentencia, en total han sido condenadas ocho personas por su participación en el homicidio de Cáceres. Seis de ellas como autores materiales, así como Roberto David Castillo Mejía, en el grado de autoría material intermedia y, ahora, contra Rodríguez Orellana como autor por inducción, es decir, aquél que no comete el delito, pero quien induce o instiga para que sea cometido.
“Su rol, disfrazado de gerente ambiental y social, era el de infiltrar, enemistar y agredir a la comunidad lenca y de vigilar e identificar los liderazgos como objetivo de ataque de la empresa criminal de los Atala”, enfatiza el Copinh, organización que exige sean investigados diversos miembros de la familia Atala involucrados con la promoción del proyecto Agua Zarca.
En portada: Familias campesinas de la Cooperativa Tranvío fueron desplazadas violentamente por grupos criminales vinculados a la agroindustria.
Desde el pasado lunes (27) arrecia la violencia contra el movimiento campesino del Bajo Aguán, al norte de Honduras, departamento de Colón. Hombres equipados con armas de grueso calibre, vinculados al grupo criminal “Los Cachos”, han emprendido una serie de ataques contra las recuperaciones de tierras que mantienen las cooperativas de Tranvío, Camarones y El Chile, ubicadas en la comunidad Quebrada de Arena, a escasos kilómetros de la ciudad de Tocoa.
A pesar de la presencia de elementos de fuerzas de seguridad hondureños, el movimiento campesino sostiene que éstos no accionan para frenar los intentos de desalojos violentos por parte de los criminales. “Hemos denunciado el riesgo que corren ante la secretaria de Seguridad, la Policía Nacional, el Ministerio Público y la secretaria de Derechos Humanos de forma constante, sin embargo, no hay respuesta contundente”, denunciaron este lunes (27) a través de comunicado de la Plataforma Agraria del Aguán.
Campesinos heridos durante el ataque del grupo armado “Los Cachos”.
Tras el ataque armado del lunes (27), que duró al menos 12 horas y dejó un saldo de 150 familias desplazadas de la Cooperativa Tranvío, además de heridos, la mañana de este miércoles (29) se reporta un nuevo ataque. Ésta vez contra familias campesinas de la Cooperativa El Chile. Acorde al periodista Jared Olson, durante la agresión de esta mañana se registra, al menos, un herido.Registro de los ataques contra campesinos de la Cooperativa El Chile durante la mañana del miércoles 29 de enero, 2025.
La cooperativa El Chile, colindante con las cooperativas Tranvío y Camarones, alberga a 246 familias campesinas, quienes desde hace dos años recuperaron 486 hectáreas de tierra de manos de la Corporación Dinant, empresa productora de palma aceitera, para dar espacio a la siembra de alimentos. La Plataforma y la Coordinadora de Organizaciones Populares del Aguán (COPA) denuncian que los grupos criminales que atacan al movimiento campesino actúan al servicio de la agroindustrial Dinant.
Acorde a la Plataforma, durante el ataque del lunes (27), campesinos socios de la Cooperativa Tranvío observaron a un vehículo perteneciente a Dinant transportando a hombres armados cerca de las tierras de la Cooperativa Camarones. Cabe destacar que el grupo “Los Cachos” es el mismo señalado por haber desalojado violentamente a familias campesinas de la Cooperativa Camarones el pasado 24 de diciembre del 2024. “Desde este momento el grupo armado mantiene control de la cooperativa”, señala la Plataforma mediante comunicado tras los ataques.
Por lo menos desde hace dos años, la Plataforma Agraria y COPA han denunciado que la corporación Dinant contrató al grupo criminal “Los Cachos” para atacar a líderes campesinos y miembros de las cooperativas. Ahora, incluso señalan la participación de ex miembros de Fuerzas Especiales del Ejército colombiano por su colusión con la empresa agroindustrial para perseguir a los líderes campesinos.
Al cierre de esta edición, medios locales informan que, mientras las autoridades policiales se encuentran en la comunidad de Quebrada de Arena, continúan los ataques contra la Cooperativa El Chile donde se registra la quema de casas de campesinos.
Advertencias, ignoradas
Testimonios de la Plataforma Agraria aseguran que, desde la noche del domingo (26), denunciaron a la Policía Nacional que el ataque a las cooperativas campesinas era inminente. Esto, debido a que observaron la movilización de personas mediante transportes acuáticos a través del río Aguán, además de percatarse del tránsito de vehículos sin placas y hombres armados frente a la casa del líder del grupo “Los Cachos”, Juan Carlos Lizama, en la comunidad de Quebrada de Arena.
Acorde a reportes de Redacción Regional, desde las 6 de la mañana del lunes (27), periodistas del medio atestiguaron disparos de ráfagas con armas de alto calibre, además de denuncias de heridos. A las 10 horas, se avistó otro grupo armado el cual, utilizando machetes y piedras, protagonizó otro ataque contra los campesinos. Por la tarde continuaron las agresiones lo que impidió que campesinos, civiles, policías y periodistas pudieran evacuar la zona debido a que se registraron bloqueos en las rutas de salida realizados por los grupos criminales.Campesinos de la Cooperativa Tranvía registraron los ataques armados del pasado lunes 27 de enero.
“Los sicarios lograron posicionarse en las instalaciones de una pollera propiedad de la Cooperativa Tranvio, de donde han aterrorizada a la comunidad con constantes ráfagas de disparos, mientras otro grupo armado tomó la carretera y así impidió el paso para evitar la libre locomoción”, confirmó la Plataforma Agraria sobre la permanencia del asedio, sin que los elementos de seguridad protegieran a más de 123 familias; 453 personas, entre ellas niños y niñas.
Familias campesinas de la Cooperativa Tranvío fueron desplazadas violentamente por grupos criminales vinculados a la agroindustria.
Además, se reportó el secuestro, durante tres horas, del campesino Cristian Baire y el ataque con arma de fuego contra Janier García, ambos socios de la Cooperativa Tranvío. “Cristian Baire fue liberado de una casa en la aldea Quebrada de Arena por la policía aproximadamente a las 10 de la mañana, pero sufrió torturas y una herida de bala en el pie, posteriormente fue hospitalizado, hasta el momento se encuentra fuera de peligro”, informó el movimiento campesino mediante redes sociales.
El martes (28), el Bufete Justicia para los Pueblos (BJP) que acompaña la lucha legal del movimiento campesino condenó el uso de la violencia “por parte de grupos armados paralelos, que operan bajo la fachada de grupos ganaderos, y en particular al grupo armado ‘Los Cachos’ que opera en la zona con total impunidad”.
El BJP aseveró que estas acciones “benefician directamente a la Corporación Dinant y sus aliados empresariales. Las acciones incluyen el uso ilegal de armas de alto calibre para crear un ambiente de terror y desalojar ilegal y extrajudicialmente a familias campesinas”, declararon mediante posicionamiento público.
También señalaron que resulta inaceptable que, a más de un mes del desplazamiento violento de la Cooperativa Camarones, el Estado de Honduras aún no ha brindado garantías básicas de seguridad a las familias campesinas que viven en completa vulnerabilidad y bajo ataque.
“Condenamos que la difamación y el uso de la violencia forman parte de una campaña más global para dividir y crear conflictos en las comunidades con el fin de despojar tierras y sumar beneficios económicos para la familia Facussé, tanto para sus empresas agroindustriales como para sus intereses mineros. No pasa desapercibido que estas mismas estrategias se han utilizado contra las cooperativas campesinas de Gregorio Chávez, Santa Rosa del Aguan, Panamá y en la comunidad La Ceibita, respectivamente”, acusaron.
Solidaridad
Desde los primeros reportes de ataques armados, diversas organizaciones hondureñas e internacionales se han posicionado para condenar la violencia contra las cooperativas agrarias y elevar la denuncia a nivel nacioanl e internacional sobre los intentos de desalojo de las tierras campesinas del Aguán.
“Este ataque es solo un reflejo de la constante criminalización y persecución que sufren las comunidades del Bajo Aguán, quienes luchan por defender sus derechos territoriales y la tierra”, aseguró la Iniciativa Mesoamericana de Mujeres Defensoras de Derechos Humanos mediante pronunciamiento público.
Por su parte, la Asociación de Cooperación Internacional (Espacio ACI), constituida por 35 ONG Internacionales con presencia y trabajo en Honduras, aseveró que, durante una gira internacional de solidaridad con el Aguán, realizada la semana del 20 al 24 de enero de 2025, fueron alertadas sobre la gravedad del riesgo que los líderes de La Plataforma Agraria y de las Cooperativas Campesinas sufren como amenazas a muerte, ataques a sus familias, y la prohibición de circular en la zona de Quebrada de Arena.
Frente a esta situación, recordaron al Estado de Honduras el cumplimiento del convenio, firmado en febrero de 2022, entre el movimiento campesino y el gobierno, el cual incluye como uno de sus compromisos la conformación de la Comisión Tripartita bajo la coordinación del Instituto Nacional Agrario (INA), en el marco de la Comisión de Seguridad Agraria. “En este sentido, reiteramos nuestra solicitud de acción directa y coordinada de dicha instancia para garantizar una respuesta integral y efectiva que permita abordar las causas del conflicto y prevenir nuevos actos de violencia en la región”, señalaron las organizaciones internacionales.
En tanto, la Oficina del Alto Comisionado de Naciones Unidas para los Derechos Humanos en Honduras (OACNUDH) manifiestó preocupación por los recientes hechos violentos contra el movimiento campesino en el Bajo Aguán e hizo un llamado al gobierno de Honduras para “abordar las causas estructurales que subyacen a la histórica conflictividad en la zona, mediante la puesta en marcha de la Comisión de la Verdad del Bajo Aguán”.
“Las cooperativas han sido víctimas de al menos dos muertes violentas por arma de fuego, desplazamiento forzado de al menos 150 familias, así como múltiples actos de intimidación y amenazas. La información recibida por la Oficina releva que los presuntos responsables de estos hechos serían estructuras del crimen organizado, que estarían generando una fuerte escalada de violencia en la zona, lo que representa un riesgo inminente para la vida de las comunidades campesinas”, alertó.
Las comunidades campesinas de los andes de Lima se organizan ante la aprobación de minería aurífera en el nevado Llongote, donde nace el río Yauyos-Cañete.
Esta cuenca recorre dos provincias agrícolas de la capital del Perú, Cañete (a 100 kilómetros al sur de Lima metropolitana) y Yauyos (a 220 kilómetros al suroeste de Lima metropolitana).
Yauyos se localiza en la sierra limeña, en la vertiente occidental de la Cordillera de los Andes. En sus alturas se encuentra la reserva paisajística Nor Yauyos Cochas, apreciada por la belleza de sus lagunas. Las poblaciones temen que este ecosistema sea contaminado.
En Catahuasi, distrito de la provincia Yauyos, este domingo 19 de enero representantes de algunas de las 60 comunidades campesinas provinciales discutieron la creación de un frente de defensa que se posicione contra la explotación de oro en el nevado Llongote, ubicado a 13 kilómetros del centro de Yauyos.Nobel Rodríguez Parra, presidente de la comunidad campesina Huangáscar, durante asamblea de comunidades el 19 de enero, en Catahuasi
Las autoridades comunales coinciden en proteger la cabecera de cuenca y la vida de sus valles, donde se cultivan variedades de frutas que se distribuyen en la capital. La ganadería ovina y de camélidos -en las pampas más altas- es la otra actividad económica vital en la provincia. En su parte baja, el caudal riega el territorio de Cañete, provincia de alta producción de frutas para la agroexportación.
“Hemos decidido activar nuestras rondas campesinas, no dejaremos que pase la minería, que ingresen a nuestras tierras, no vamos a dejar que se posesionen. Sabemos que las empresas mineras van a atacar, intentarán dividirnos, comprarnos, atacarnos, estamos preparados para defender el agua con nuestra vida”, expresó el presidente de la comunidad campesina Huangáscar, Nobel Rodríguez Parra.
Comunidades campesinas en abandono
Un mensaje repetido por los comuneros es el olvido por parte del gobierno central, la falta de infraestructura y servicios básicos en comparación con otras provincias de Lima y localidades del país.
En Yauyos hay más de 60 comunidades campesinas en cuyos orígenes convergen culturas ancestrales andinas, como la kauki, aimara y quechua.
“¿Cómo en una cabecera de cuenca se va a permitir una concesión minera? Las comunidades campesinas de Yauyos, como las de toda Lima, se encuentran abandonadas. Para solucionar los problemas ambientales debemos empezar por solucionar la situación de las comunidades”, señala el economista Juan Romero, dirigente de la provincia de la sierra limeña.
El nevado de Llongote se ubica en el área de la comunidad Santo Domingo. En la Ley de Comunidades Campesinas se establece como prioridad que el Estado reconozca un área de extensión a las poblaciones campesinas ancestrales. Sin embargo, en Yauyos no están registradas formalmente sus tierras comunitarias ni sus juntas directivas.
A su vez, el concejo de cuenca del río Yauyos-Cañete no está en funcionamiento, advierten desde las comunidades yauyinas. De acuerdo a la Ley de Recursos Hídricos, las operaciones mineras que autoriza la Autoridad Nacional del Agua (ANA) deben contar con el visto bueno de estos organismos, conformados por instituciones, grupos técnicos y la sociedad civil.
“Las comunidades campesinas son las llamadas a prevalecer la identidad ancestral que tienen los pueblos milenarios”, añade Romero. En comunidades de Yauyos aún se conservan dos lenguas originarias que se resisten a desaparecer: el jaqaru, hablado por menos de 500 personas; y el kauki, hablado por alrededor de 150 personas, según la Base de Datos de Pueblos Originarios del Ministerio de Cultura.
Extractivismo en la provincia
El 25% del territorio de Yauyos había sido concesionado a mineras hasta el año 2016, de acuerdo a un reporte de Cooperacción.
En la asamblea de las comunidades campesinas, el relato recurrente en torno al avance de la minería apunta a la corrupción de autoridades de las instituciones públicas; al convencimiento de poblaciones campesinas a cambio de favores, como obras e infraestructura; y al soborno de comuneros en forma de bienes y dinero.
Cuando representantes del proyecto Gloria, en diciembre pasado, intentaron convencer a la población de que apruebe la licencia social para la exploración de oro en las montañas, se realizó la primera protesta contra la actividad minera, autorizada en 2020 por el Gobierno Regional de Lima.
La Dirección Regional de Energía y Minas, mediante la resolución 53-2020, otorgó a la empresa nacional Los Chunchos S.A.C. la concesión de más de 130 hectáreas en las alturas de la cadena montañosa. Todavía no está autorizada la fase de exploración y tampoco se ha realizado aún la licencia ambiental.
La compañía, considerada de fondos pequeños y medianos, ya cuenta con otras dos operaciones mineras en 1890 hectáreas de la provincia, para las que el Ministerio de Energía autorizó en 2011 actividades de explotación subterránea. Se teme que una posible extracción de oro en el nevado atraiga a grandes capitales mineros y se derive en un desastre ambiental.
La posición de algunos comuneros ante la gran minería es favorable “si es responsable”. Para el caso del nevado Llongote, es unánime la postura de no aprobar la licencia social, que no es una figura legal, pero resulta determinante para la ejecución de proyectos mineros. En la práctica funciona como el permiso de las comunidades, garantiza que no habrá conflictos sociales.
Al respecto, autoridades municipales respaldan a las comunidades campesinas de su jurisdicción. La Municipalidad de Viñac, donde el Gobierno Regional de Lima ha concesionado 900 hectáreas para la extracción de minerales, se manifestó en contra del proyecto Gloria y pidió a la población no otorgar la licencia social.
A los yauyinos les genera más desconfianza que la concesión se haya aprobado en los primeros meses de la pandemia por coronavirus y la celeridad en la construcción de una carretera en la zona. Actualmente, la empresa ya trasladó maquinaria pesada a la zona
En este encuentro se acordó debatir la conformación de frentes de defensa zonales en una próxima reunión, debido a falta de representatividad. Las distancias entre los pueblos yauyinos complican la organización provincial.
“Lo importante aquí es que este frente de defensa sea conformado por las personas adecuadas, tienen que ser autoridades comunales comprometidas con la defensa de sus pueblos, que no se dejen comprar por las mineras”, resalta Antonio Lázaro, presidente del Comité de Gestión de la Carretera Qhapac Ñan, integrado por dirigentes de las regiones Lima, Junín y Huancavelica.