News:

World

image/svg+xml image/svg+xml
radio
El rumor de las multitudes

Reflections Toward a Depatriarchal and Non-hierarchical Academia

Spanish
Português

Statement for depatriarchal and non-hierarchical worlds

After the publication of the interview with the Weychafe, compañera and intellectual, Moira Millán, in the newspaper El Salto, as well as the chapter entitled “The walls spoke when no one else would: Autoethnographic notes on sexual-power gatekeeping within avant-garde academia” (Viaene, Laranjeiro y Tom), we cannot remain silent. We also have to point out that we have been raising our voices for many years through concrete personal and collective actions within our academic, university, activist and organizational spaces, as well as in our collectives, networks and movements. We denounce and challenge the hierarchies of knowledge/power intrinsic to the academy, and the gender violence, harassment and sexual abuse in those institutions. At the same time, we recognize that all we have done is insufficient and requires us to continue, redoubling our efforts, weaving together more and more struggles, and to root out the violence that underlines ongoing wars and the violations of women, children, Mother Earth, all those who are othered.

We should not forget that patriarchy is the oldest form of domination. Humanity learned to dominate the female body in all cultures, as the diverse feminisms of Afro/Abya-Yala/Latin America affirm. Patriarchy is an onto-epistemic configuration that privileges hierarchy, appropriation, denial of others, control, the fetishism of things, reproduction, violence and wars. It deeply shapes subjectivities and affects the lives of everyone. Academia has been one of its most effective pillars through its creation of an instrumental, objectifying, competitive and hierarchical worldview which naturalizes and invisibilizes practices of knowledge/power.

The civilizational crisis that the planet Earth is experiencing is the result of cis-heteropatriarchy in its historical entanglement with capitalism, colonialism, anthropocentrism, and racial, sexual and ableist hierarchies. This is the complex background that we invoke when denouncing the multiple forms of violence exercised against women, which have been constant throughout history. This background unleashed the Terricide (Moira Millán), a powerful cosmopolitical concept coined by the Movement of Indigenous Women and Diversities for Good Living [Movimiento de Mujeres y Diversidades Indígenas por el Buen Vivir], which has its origin in Puelmapu a decade ago.

(Continuar leyendo…)

radio
El rumor de las multitudes

Reflexões rumo à despatriarcalização e deshierarquização da academia

Español
English

Manifestamo-nos por mundos despatriarcais e deshierárquizantes.

Diante da publicação da entrevista com a Weychafe, camarada e intelectual Moira Millán, no jornal El Salto, assim como o capítulo intitulado “The walls spoke when no one else would: Autoethnographic notes on sexual-power gatekeeping within avant-garde academia” – As paredes falaram quando ninguém mais faria: Notas auto etnográficas sobre o poder-sexual como controle de acesso na academia progressista (Viaene, Laranjeiro e Tom)–, não somente não podemos permanecer em silêncio, mas devemos ressaltar que, há algum tempo, temos levantado nossas vozes e ações pessoais e coletivas concretas, em nossos próprios espaços acadêmicos, universitários, ativistas, organizacionais. Para, portanto, em nossas coletivas, redes e movimentos denunciar, combater as hierarquias de conhecimento/poder intrínsecas à academia, bem como a violência de gênero, o assédio e o abuso sexual. No entanto, reconhecemos que tudo o que conseguimos fazer e encaminhar ainda é insuficiente e exige não parar, redobrar nossos esforços, tecer mais e mais lutas, sintonizar-nos melhor para parar/transformar radicalmente as guerras e violências atuais contra as mulheres, a Mãe Terra, outres, niñes e os povos do mundo.

Não podemos esquecer que o patriarcado é a forma mais antiga de dominação. A humanidade aprendeu a dominar no corpo das mulheres, como afirmam os diversos feminismos de Afro/Abya-Yala/América Latina. O patriarcado é uma configuração onto-epistêmica que privilegia a hierarquia, a apropriação, a negação dxs outrxs, o controle, o fetichismo das coisas, a reprodução da violência e das guerras. Ele molda profundamente as subjetividades e afeta a vida de todes. A Academia foi um de seus pilares mais eficazes, pois tem participado ativamente na criação de tal visão de mundo instrumental, objetificante, competitiva e hierárquica, através de suas práticas naturalizadas de saber/poder.

A crise civilizatória pela qual transita o planeta Terra é o resultado do cis-heteropatriarcado em sua conexão histórica com o capitalismo, os colonialismos, o antropocentrismo e as hierarquizações raciais, sexuais e capacitistas. Este é o contexto complexo que invocamos ao denunciar as múltiplas formas de violência contra as mulheres, que têm sido uma constante na história. É a mesma origem que desencadeou o Terricídio (Moira Millán), uma poderosa cosmopolítica conceitual cunhada pelo Movimento de Mulheres Indígenas e Diversidades pelo Bem Viver, que teve origem no Puelmapu Mapuche há já uma década.

Diante da intensificação da barbárie cis-heteropatriarcal com as crises policêntricas, reafirmamos nossa determinação de fazer o que já temos feito e não apenas dizendo ou subscrevendo: continuar a lutar encarnada, diária e situacionalmente para avançar em direção à criação de sociedades verdadeiramente pós-patriarcais, pluriversas, centradas no cuidado, na cooperação, na liberdade e erradicação de todas as formas de hierarquia subordinante – sociedades nas quais todas, todos e todes, junto com os demais seres vivos, possam coexistir “nosótricamente” (em radical alteridade), em mútua criação e, como nos diz a ecofeminista venezuelana Liliana Buitrago, no exercício amoroso da interdependência (“chat” do “Pacto Ecosocial del Sur”). Nosso compromisso com este projeto coletivo em construção tem sido –e é– de nosso trabalho diário. Mas sabemos que ele ainda requer a criação sustentada de sociedades e academias (portanto, com um “a” minúsculo e no plural) muito diferente das atuais.

A Academia: um campo de disputa

A Academia (com A maiúscula e no singular) é para nós um campo de disputa e aí estamos, sem dúvida, posicionadas(os) todos e todas nós que ousamos entrar nele, dialogar com ele, desafiá-lo, habitá-lo e/ou co-construí-lo a partir da prática cotidiana. Muitas(os) de nós ocupamos este espaço por decisão e convicção e sabemos minuto a minuto o que estamos enfrentando. É por isso que o manifesto “Todos sabemos” nos ressoa e interpela quando afirma que o extrativismo epistêmico é estrutural e não apenas um evento isolado na academia. Quando afirma que a Academia é hierárquica e hierarquizadora e que promove a acumulação de poder por aqueles que estão no topo. Muitos deles, nos últimos tempos, têm sido acusados de abuso e assédio moral e sexual. Neste contexto, as mulheres que denunciam são questionadas, enquanto o denunciado se apresenta, então, como uma “vítima”.

Vale acrescentar que, em geral, os sistemas de denúncia de assédio sexual e moral, bem como o extrativismo epistêmico, longe de abordar e reparar os danos, muitas vezes resultam em meras declarações que dão a impressão de que algo será feito, mas no fundo “servem como movimentos performativos que validam o não fazer realmente nada” (por exemplo, Sara Ahmed). De igual maneira deve-se ter em conta que, tanto a forma que toma o assédio como as respostas institucionais, são frequentemente diferenciadas, especialmente quando se trata de acadêmicas, ativistas e intelectuais de grupos subalternizados e racializados. Quem se importa com elas? (Yu Derkys) Quem está disposto a ouvir estas queixas? Quantas mulheres racializadas e subalternizadas não estão cansadas de falar e falar e de que ninguém as escute? Quem está disposto a arranjar tempo para ouvir e ser interlocutor no meio do não-tempo-violento-e-sistêmico em que vivemos?

A Academia não deixa de ser um reflexo de uma sociedade semeada de opressões e rebeliões, com a diferença de uma autonomia reconhecida para proteger o pensamento crítico. Isto é, muitas vezes, instrumentalizado para proteger aqueles que ocupam posições de poder. Os abusos sexuais, tal e como acontece no resto da sociedade, são a parte visível de um sem-fim de práticas cis-heteropatriarcais e machistas que vão desde a cumplicidade entre acadêmicos(as) ao publicar e recircular citações, até os abusos e assédios sexuais que tem sido e estão sendo constantemente denunciados.

Mulheres indígenas e a Academia

Em novembro de 2018, em Buenos Aires, em um jantar informal para compartilhar nossas vidas e lutas, a companheira Moira Millán compartilhou com vários de nós o que agora foi publicado no jornal El Salto. À distância, pode-se perguntar: por que Moira o compartilhou apenas em um espaço privado? Por que ela não havia apresentado a correspondente denúncia legal? Em sua entrevista, Moira menciona suas razões. Se somos severamente autocríticos, podemos nos perguntar: por que nós –seus ouvintes– não agimos contundentemente e, naquele exato momento, a instamos e acompanhamos a apresentar a denúncia correspondente junto às instituições acadêmicas às quais o denunciado pertencia ou com as quais colaborava, em um claro papel de liderança intelectual transnacional? Diante do que ouvimos, o que fizemos? 1) Apoiar Moira e o movimento do qual ela faz parte, nos espaços acadêmicos para os quais a tínhamos convidado. 2) Articular incansavelmente –vários de nós– com ela e com o movimento, assim como com outras companheiras e movimentos, para buscar melhores maneiras de enfrentar as violências e expropriações. 3) Fortalecer o tecido transnacional de alternativas autonômicas de facto e sem pedir permissão.

Vale acrescentar que no dia seguinte ao mencionado jantar, começou o painel para o qual tínhamos convidado Moira Millán e as compañeras do Movimiento de Mujeres e Diversidades Indígenas pelo Bem Viver, tudo no marco do “Primeiro Fórum Mundial do Pensamento Crítico” e da 8ª Conferência Latino-Americana e Caribenha de Ciências Sociais da CLACSO. Lá tivemos a oportunidade de fazer, com Moira, nossas outras convidadas e a plateia, o primeiro ato político-acadêmico para exigir um lugar decente para realizar nosso painel. Em seguida, procedemos a uma ocupação coletiva para ter acesso a um dos auditórios maiores. A gota d´água para este levante foi a acomodação impossível da cadeira de rodas na qual se transportava a colega feminista Mercedes Olivera (que em paz descanse), que era nossa comentarista. A cadeira de Mercedes não podia sequer caber no minúsculo espaço que nosso painel havia merecido. Após a ocupação, já no auditório grande, continuou a participação de Moira e de todas as mulheres indígenas convidadas por nosso Grupo de Trabalho “Corpos, Territórios, Resistências” (GT CUTER).

Um auditório lotado encorpou contundentemente o painel e a palavra das convidadas. De certa forma, o ato de rebeldia que protagonizamos –convidadas, anfitriãs e público–, se traduziu em algo como: Não passará um único tratamento indigno para as mulheres racializadas, subalternizadas! Estes eram tempos em que a CLACSO aprovava a entrada de mais e mais grupos de trabalho que incluíam mulheres líderes, intelectuais e sábias(os) de territórios comunais. Portanto, acreditamos que nossa “revolta coletiva” estabeleceu um precedente importante.

As palavras e ações de Moira estavam em sintonia com as nossas e nos ajudaram a ratificar o caminho –pessoal e coletivo– que trazemos durante décadas, antes de 2016, quando começamos a ser o Grupo de Trabalho CUTER: habitar as instituições acadêmicas e universitárias das quais fazemos parte, as instituições alternativas que estamos construindo com mulheres, as/os outres, povos em resistência, de forma digna e respeitosa, procurando não cair no ventriloquismo e no extrativismo. Abrir espaços dentro e fora das academias para ir posicionando o tipo de trabalho/vida/luta que elas e nós (“nosotras(os)”) praticamos.

Cotidianamente, nos diferentes territórios que habitamos (incluindo o território acadêmico), minuto a minuto, caminhamos com nossa corpa e senti-pensamentos, ações concretas para enfrentar as violências, opressões e guerras. Esta é a maneira pela qual diferentes membras do Grupo de Trabalho CUTER abraçamos, encorpamos e retecemos “a rede da vida” (Lorena Cabnal e a Rede de Curandeiros Ancestrais do Feminismo Comunitário Territorial) de mãos dadas com as mulheres indígenas, afrodescendentes, afrodiaspóricas, camponesas, populares, alter-urbanas, assim como de diversidades sexuais, em diferentes tempos e geografias.

As saídas do labirinto: insuficientes e perigosas

Respeitamos e compreendemos os diversos caminhos que as denunciantes de abuso e assédio sexual tomam na busca de justiça, reparação dos danos, assim como para conseguir a cura de toda a sociedade. Acreditamos que no centro de nossas reflexões e denúncias de assédio sexual e o extrativismo epistêmico deve estar o cuidado. É importante levar em conta o tempo daquelas(es) que, tendo sido violentadxs, compartilham suas experiências em confidencialidade. Respeitar o tempo para curar é uma forma de cuidado. Isto significa não tomar o direito de expor publicamente uma experiência de assédio sexual e extrativismo epistêmico sem o consentimento explícito e o acompanhamento da pessoa que foi violada. Fazer isso revitimiza e promove o punitivismo ao invés da reparação. Em poucas palavras, no centro estão as vítimas, seus tempos e momentos.

Em muitos casos, as denunciantes seguem a via legal ou jurídica. De fato, hoje, os movimentos de mulheres e movimentos de povos em resistência estão simultaneamente nos tribunais e nas ruas se mobilizando. Surge obrigatoriamente, então, a pergunta: de que tipo de justiça estamos falando? Como podemos alcançá-la? Qual via –das muitas possíveis– tomar? Quem nos sentimos chamadas(os) a acompanhá-las? E tudo isso sabendo que, mesmo nos países ditos “democráticos”, a justiça dispensada pelo Estado é comprada e em países não democráticos, mais de 95% da violência de gênero fica impune. Dito isto, não é estranho dizer que não podemos esperar muito da justiça cis-heteropatriarcal oferecida pelas instituições acadêmicas ou pelo Estado.

Sabemos que o aparelho punitivo e a cultura do castigo são parte essencial da estrutura do Estado e das sociedades modernas e que, através delas, se perpetuam as sociedades carcerárias articuladas à extração e a acumulação, com sistemas de justiça que afirmam manter a “segurança e a ordem”, ao mesmo tempo em que se enfurecem contra populações empobrecidas, marginalizadas e racializadas.

Como aponta um texto recente sobre o anti-punitivismo feminista, nenhuma saída está livre de contradições e complexidades. Além disso, estamos conscientes da importância de reconhecer que “o debate sobre o anti-punitivismo não pode cair na fácil tentação de acomodar-se com o teórico” (Laila Serra). Esta é a tentação institucional e academicista. Para o anti-punitivismo feminista, é necessário entrar na “tempestade política do pôr em prática” das justiças, embora o horizonte teórico-político possa/deva ser a autogestão feminista das violências e a visão abolicionista da sociedade e da justiça. Como bem dizem as autoras: “a autogestão coletiva das violências à margem do Estado [do aparato da lei e do aparato punitivo que lhe está subjacente] é uma alternativa que ainda está em construção” e, acrescentamos, apresenta outros riscos e desafios.

Somos testemunhas da digna rabia que Moira expressa em sua denúncia e com ela, muitas mulheres que não receberam a atenção necessária e que seguem padecendo a violência do sistema cis-heteropatriarcal, acadêmico e de despossessão em diferentes territórios. Como trabalhadoras(es) das Ciências Sociais, membros do GT CUTER, resistimos com e entre os povos –mulheres, homens, crianças, jovens e comunidades enraizadas na terra. As denúncias que vamos acompanhando ou encorpando em processos, trajetórias de pesquisas colaborativas, e pesquisas a partir de ações coletivas nos permitem afirmar que o subconsciente cis-heteropatriarcal também se reproduz em muitos coletivos e coletivas, organizações e movimentos alter-nativos. Quebrar as mulheres, por via sexual, é parte da despossessão e do domínio imperialista-capitalista-homocêntrico que busca aniquilar a dignidade pessoal e as subjetividades coletivas e comunais.

Nós nos convocamos e lhes convocamos a seguir criando lugares concretos de des-hierarquização do poder e lugares de cura diante da impunidade institucionalizada e sancionada pelo Estado. Como trabalhadoras e trabalhadores das Ciências Sociais em interseção com artistas, ativistas e feministas territoriais e comunais, continuaremos desmascarando e combatendo, pessoal e coletivamente, qualquer forma de humilhação, extermínio e cooptação de mulheres nos territórios, e persistiremos em seguir nos curando do sistema cis-heteropatriarcal nos diferentes lugares onde estivermos, do gênero que sejamos, dos territórios que habitemos e das histórias que escrevemos e caminhamos.

Os movimentos de vítimas de violações de direitos humanos enfatizam quatro critérios que nos parecem eminentemente aplicáveis aos casos de abuso e assédio sexual: o direito à verdade, à reparação, à não repetição e à justiça. Neste sentido, instamos as diversas instituições acadêmicas (nacionais, latino-americanas, caribenhas e transnacionais) envolvidas –de uma forma ou de outra– em casos de abuso e assédio sexual e extrativismo epistêmico a reverem seus protocolos e comitês de ética e violência epistêmica e de gênero. É, sem dúvida, importante declarar “tolerância zero e rejeição ao assédio sexual” (CLACSO), mas acreditamos que isto é insuficiente.

Acreditamos que em todos os espaços onde nos movemos e atuamos como trabalhadoras(es), ativistas e feministas devemos continuar trabalhando coletivamente e em conjunto com as autoridades institucionais na implementação de protocolos, comitês e políticas internas (explicitamente acessíveis) para promover mecanismos apropriados e expeditos para prevenir, denunciar, debater e agir contra atos de abuso e assédio sexual, contra atos de violência de gênero e epistêmica. Cada instituição acadêmica nacional geralmente tem comissões e códigos ad hoc; as coordenadorias acadêmicas supranacionais devem ter, revisar e atualizar tais instâncias permanentemente. E se não as têm, devem criá-las. Não é suficiente –pelo que já argumentamos acima– deixar o trabalho para as “comissões independentes”. Repetimos, é insuficiente, e até mesmo perigoso, pelas razões já argumentadas.

Nos deixa sem fôlego e nos indigna a resposta de Boaventura de Sousa Santos reduzida à “vingança” diante das ex-estudantes denunciantes via auto-etnografia. “A própria teoria social feminista nos indica que não há lugar, nenhum sujeito intocado pelas relações de dominação e suas interseções”. Para nos emanciparmos delas, para empurrá-las para trás, temos que olhá-las no rosto, reconhecê-las em nós, não tentar esconder em que partes de nós elas habitam… É trazendo-as à tona, debatendo-as, que nasce a possibilidade de mudança” (Lang e Segato).

Sabemos também que precisamos de comunidades acadêmicas e sociais dispostas a debater em profundidade, a aprender permanentemente, a expandir nossa imaginação e a (re)criar coletiva e permanentemente processos emancipatórios –práxis libertadoras– diante das omissões, indiferenças e qualquer expressão de revitimização das mulheres violentadas e das diversas comunidades afetadas. Acreditamos que o que também está em jogo é a construção coletiva de sociedades justas, relacionais e curativas; outros mundos possíveis aqui e agora, como dizem e fazem as, os, oas zapatistas.

Assinam:

Xochitl Leyva Solano (Chiapas, México)
Arturo Escobar (Colombia/EE.UU.)
Rosalba Icaza (Países Bajos/México)
Patricia Botero (Colombia)
Valentín Val (Chiapas, México/Argentina)
Jorge Alonso (Guadalajara, México)
Fermín Ledesma (Chiapas, México)
Maydi Estrada Bayona (GT CUTER)
Aline De Moura (Brasil)
Lola Cubells Aguilar (País Valenciano, España)
Alain Basail Rodríguez (Chiapas, México/Cuba)
Axel Köhler (Chiapas, México/Alemania)
Alberto C. Velázquez Solís (Yucatán, México)
Leandro Bonecini de Almeida (Brasil)
Carmen Ventura (México)
Jesús González Pazos (Euskal Herria-País Vasco)
Luiza Dias Flores (Amazonas, Brasil)
Huáscar Salazar Lohaman (Cochabamba, Bolivia)
Rosa Claudia Lora Krstulovic (Ciudad de México, México)
Wendy Harcourt (Países Bajos)

radio
Netz der Rebellion

(Español) El Sur Resiste – dia de acción 25 de abril

Sorry, this entry is only available in Mexican Spanish. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

Caravana, encuentro internacional y jornadas de acción global del 25 de abril al 7 de mayo 2023

¡Apoya la resistencia indígena contra los megaproyectos destructivos en México!

Bajo la participación de empresas europeas, actualmente se están construyendo en el sureste de México dos megaproyectos relacionados entre sí. Estos proyectos de infraestructuras a gran escala, que consisten en autopistas, ferrocarriles, zonas económicas especiales para la industria y proyectos de construcción para el turismo de masas, amenazan con destruir la segunda selva tropical más grande de América, contaminar enormes reservas de aguas subterráneas y desplazar y privar de derechos a las comunidades indígenas. Dado que el ejército mexicano está en parte a cargo de la construcción, e incluso se supone que gestiona una sección de la ruta y recibe los ingresos, los dos megaproyectos sirven también para militarizar el sur indígena y para ahuyentar a los migrantes de América Central. Alemania está representada por Deutsche Bahn, que afirma ser “el protector del clima más rápido de Alemania”. No sólo gana dinero con la tala de la selva tropical, sino que también viola el derecho reiteradamente garantizado de las comunidades indígenas a decidir por sí mismas lo que ocurre con sus tierras. El nombre del proyecto resume bien su cinismo: Para el llamado “Tren Maya”, se amenaza a los indígenas mayas con la expulsión y la privación de sus medios de vida. Sin embargo, hace tiempo que está claro que la protección de las comunidades indígenas es sinónimo de protección medioambiental: ¡el 80% de la biodiversidad que queda en el mundo se encuentra en territorio indígena!

(Continuar leyendo…)

radio
Noticias de Abajo

(Español) Noticias de Abajo – 15 abril 2023

Sorry, this entry is only available in Mexican Spanish. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

(Descarga aquí)  

INTERNACIONALES

  • FRANCIA: Llamamiento internacional – Somos el agua que se defiende! Más de 300 organizaciones de todo el mundo invitan a reforzar las alianzas internacionales en defensa del agua y apoyar la lucha contra los mega estanques en Francia. Fuente: Les soulevementsdelaterre
  • SALVADOR: El Aeropuerto del Pacífico responde a una lógica regional de conectar el Tren Maya en México, Tren Bicentenario en Guatemala y Tren del Pacífico en El Salvador para la extracción de recursos. Fuente: Avispa Midia
  • WALLMAPU CHILE: Declaración conjunta de organizaciones Mapuche del weichan frente a la Ley Nain-Retamal / LNM – RMM – WAM – RML. Fuente La Zarzamora
  • PELLMAPU ARGENTINA: En Mendoza, repudio de la comunidad científica a resolución parlamentaria que no reconoce al pueblo mapuche. Fuente La izquierda diario.

DESDE EL OMBLIGO DEL MOUSTRO

  • OAXACA: Asesinato de Felix Vicente Aquino defensor del territorio opositor al Corredor Interoceanico Autoridad local y militante de Sol Rojo en «El morro» Ixhuatan. Fuente: Tierra y Territorio.
  • CDMX OAXACA: PRESXS POLITICOS: Organizaciones y colectivos se manifestaron en el reclusorio oriente, contral el montaje y por la libertad del Yorch, Jorge Esquivel. Audio del Yorch desde prisión. Fuente: Noticias de Abajo.
  • EDI DE MEX y CDMX DESAPARECIDAS: Nos falta Inof, rapera mexicana desaparece en el Estado de México, organizaciones exigen su aparición con vida. Fuentes: Redes
  • MICHOACÁN: Comunidades indígenas toman carreteras en defensa de autonomías. Con el objetivo de visibilizar y defender los procesos de autonomía que viven en sus comunidades, reconociendo a Zapata como precursor de las autonomías indígenas contemporáneas. Fuente: CNI
  • CDMX: #MagdalenaContreras: Manifestación de los vecinos Contrerenses en contra de los mega proyectos de muerte que propicia el gobierno de la ciudad de Claudia Sheinbaum.
  • PUEBLA: Despues de 8 años de batalla legal, la comunidad nahua y el ejido de Tecoltemi en la Sierra Norte de Puebla logra la cancelación definitiva de concesiones mineras en el municipio de Ixtacamaxtitlán Fuente: Consejo Tiyattlali.

 

radio
Noticias de Abajo

(Español) Noticias de abajo – 8 abril 2023

Sorry, this entry is only available in Mexican Spanish. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

Internacionales

  • PALESTINA: El Estado fascista de Israel promueve la guerra para mantener el territorio ocupado de Palestina. Israel atacó la final de futbol palestina el fin de semana pasado y luego invadió y  atacó el Centro Ceremonial en Jerusalén, y desato fuerte bombardeo  ante respuesta de grupos palestinos a la represión en territorio ocupado. Fuente: Palestinalibre.
  • PELMAPU ARGENTINA: Mapuches desconocidos en su propio territorio. Resolución antimapuche en Mendoza: crónica de un racismo anunciado. Fuente: Agencia TerraViva y AnRed.
  • CANADA: Wet’suwet’en vuelve a ser atacada por la policía montada, cinco defensores del territorio son arrestados, se suma a la lista de hostigamiento por su resistencia contra CoastalGasLink, el gasoducto que intentan atravesar por sus aguas sagradas.

Locales:

  • MICHOACÁN: Eustacio Alcalá defensor comunitario y opositor de la minería en Huizontla  es asesinado. Organizaciones se suman para exigir justicia.
  • YUCATÁN: Muerte masiva de abejas pone en alerta a apicultores, llaman a la prohibicion de agroquímicos tóxicos.
  • CHIAPAS: Continúa la campaña por la Libertad del Manuel Vásquez, preso político indígena, base de apoyo de las comunidades zapatistas. Fuente: CDH Frayba
  • MÉXICO MICHOACÁN: Por cumplirse 3 meses de la desaparición de Ricardo Lagunes y Antonio Díazy nulo avance en las investigaciones.
  • MÉXICO SUR: Invitación a la Caravana y Encuentro Internacional El Sur Resiste. El Sur Resiste.
  • CDMX: Jornada por la Libertad de Yorchs, preso anarquista criminalizado por la UNAM. Fuente: Noticias de abajo.
radio
Kurdistán América Latina

(Español) Actriz brasileña encuentra inspiración en la revolución de las mujeres de Rojava

Sorry, this entry is only available in Mexican Spanish. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

Las mujeres en Rojava, en el noreste de Siria, luchan contra el sexismo y el patriarcado con prácticas revolucionarias, que deberían ser conocidas por todo el mundo, dijo el domingo la bailarina y actriz brasileña Rojda Dendara.

Dendara viajó a Rojava hace un año para explorar la revolución de las mujeres y compartir su conocimiento artístico. Se sintió atraída por la democracia y el federalismo de Rojava, que investigó exhaustivamente antes de decidir mudarse allí, según una entrevista brindada a JINHA.

Dendara se ha involucrado en actividades artísticas que sirven a la revolución de Rojava, al combinar la danza folclórica con la contemporánea. Además, promueve el teatro para crear un lenguaje artístico único con la gente de Kurdistán.

“Soy bailarina y también hago danza expresionista y teatro. Cuando estuve en Brasil, en 2017, investigué a las mujeres rusas que lucharon en la Segunda Guerra Mundial. Un amigo actor me preguntó: ‘¿Por qué no investigas a las mujeres kurdas?’. En ese momento, no sabía nada sobre la Revolución de Rojava”, dijo la artista brasileña.

La Revolución de Rojava, liderada por las ideas del líder kurdo Abdullah Öcalan, ha inspirado a muchos luchadores internacionalistas y anticapitalistas de todo el mundo a unirse a las Unidades de Protección del Pueblo (YPG), el Batallón de Libertad Internacionalista y las Unidades de Protección de la Mujer (YPJ) en la lucha contra ISIS. Otros llegaron a la región para compartir sus conocimientos artísticos.

Dendara ha participado en muchos proyectos en Rojava, incluida una obra de teatro y un video musical titulado “PKK Epic”, en el que contribuye con bailes. A pesar de las dificultades de adaptarse a una nueva cultura, Dendara ha encontrado la experiencia rica y satisfactoria.

Ahora, la actriz y bailarina espera llevar lo que aprendió a Brasil y presentar la Revolución de Rojava a su gente.

“Las mujeres han dado una gran lucha en Rojava, y están trabajando con el corazón y el alma para eliminar la mentalidad sexista y patriarcal –remarcó-. Mi esperanza es que no solo el pueblo brasileño, sino todos, se familiaricen con esta lucha y respeten la Revolución del Kurdistán de Rojava”.

 

Fuente: JINHA / Medya News / Traducción y edición: Kurdistán América Latina

radio
Noticias de Abajo ML

(Español) Noticias de Abajo – 1 de abril 2023

Sorry, this entry is only available in Mexican Spanish. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

(Descarga aquí)  

Internacionales

  • FRANCIA: Francia en llamas. Macron intenta aplastar el movimiento contra la reforma de las pensiones con violencia letal. Crónica de la última semana de movilizaciones y revueltas. Crimethinc
  • ESTADO ESPAÑOL: Rapero Pablo Hasel es imputado con nuevos cargos para mantenerlo en prisión, carta desde el encierro. Fuente: Menos Lobos
  • PANAMÁ: Acciones populares contra la minería metálica del movimiento Panamá Vale Más Sin Minería. Realizan foro y movilizaciones. Fuente: Radio Temblor
  • ECUADOR: Gobierno Ecuatoriano interviene en favor de la empresa Chevron para detener las reparaciones en favor de comunidades amazónicas. Fuente RadioMundoReal

Locales

  • PUEBLA: Frenan intento de encarcelar a Miguel López, defensor del agua y comunicador comunitario amenazado por funcionarios de la administración del agua en Puebla. Fuente: Desinformemonos
  • CHIHUAHUA: CRIMEN DE ESTADO: 41 migrantes mueren calcinados en centro de detención del Instituto Nacional de Migración, Gobierno de la república culpabiliza las víctimas.
  • OAXACA: La justicia no llega a dos años del asesinato del defensor Jaime Jiménez en Oaxaca, defensor del territorio de Paso de la Reina e integrante del Consejo de Pueblos Unidos por la Defensa del río verde. Fuente: Educa

radio
Red Nacional por los Derechos de Inmigrantes y Refugiados

NNIRR’s Statement on the Tragedy at the INM Detention Center in Ciudad Juárez, Mexico

El Paso, Texas – The National Network for Immigrant and Refugee Rights expresses its deepest condolences for the families of the 39 migrants who lost their lives, and for the 29 migrants who were injured in a fire at a migrant detention center in Ciudad Juárez on Monday night.

We also use this opportunity to call attention to the dual and unequal nature of the migration regime that enables the mobility of those privileged to own passports and visas while controlling and criminalizing the mobility of primarily people of color, who are escaping poverty, climate, social, and military disasters.

The Instituto Nacional de Migración (National Institute of Migration) of Mexico confirmed there were a total of 68 men from Central and South America in the detention facility, indicating that every person detained was harmed or killed in the fire.

This tragedy, like the many others that have become a normal feature of our immigration and asylum systems,  will continue to happen if policymakers are unwilling to transition to rights-centered policies to address international migration. Despite the thousands of documented deaths, disappearances, and systematic human rights abuses, the Biden administration continues to enact policies that restrict access to live-saving protection, including asylum bans and outsourcing asylum responsibilities to other countries. International displacement and survival migration should not be criminalized and people in vulnerable situations should never be detained.

NNIRR stands in solidarity with the families of migrants who have perished, those who were injured, and the thousands of others who have disappeared or lost their lives along their migration journeys. Deterrence policies, militarization, and the criminalization of those internationally displaced cannot continue to be the default response to migration. We urge the Biden administration and governments in the region to  address the dual crisis of human rights and humanitarian protection at the border.

NNIRR joins our partners and allies in calling on the administration and congress to save lives and expand the availability of pathways for regular and safe migration, and to take measures that guarantee the full recognition of migrants’ human rights, their dignity, integrity, and well-being, regardless of immigration status.

Cover photo: Reuters

radio
CrimethInc

The Forest in the City

The campaign to defend the forest in Atlanta, Georgia has become one of the most vibrant movements of the post-Trump era, interweaving environmentalism, abolitionism, and the fight against gentrification. Yet as police shift to employing lethal violence and indiscriminate terrorism charges, it has reached a critical juncture. Participants explore how this struggle has developed over the past year, reflecting on the practices that have given it strength and analyzing the challenges before it.


The Stakes of the Fight

Our society is at a crisis point. Decades of escalating economic pressure have created rampant inequality and desperation. Rather than addressing the root causes of these, politicians across the political spectrum continue channeling more and more money to police, relying on them to suppress unrest by force alone. This dependance has enabled police departments and their allies to consume a vast amount of public resources. Meanwhile, driven by the same economic pressures, catastrophic climate change is generating hurricanes, forest fires, droughts, and widespread ecological collapse.

In this context, starting in April 2021, a bold movement set out to defend a forest in Atlanta, Georgia, where local politicians and corporate profiteers want to build a police training compound and a soundstage for the film industry. The training compound, known as Cop City, would be the largest police training facility in the United States. It would devastate the South River Forest, also known as Weelaunee Forest in honor of the Muscogee Creek people who lived there until they were deported in the Trail of Tears.

The movement to defend the Weelaunee Forest has drawn together a wide range of groups and strategies. Legal defense organizations like the South River Forest Coalition, which is bringing a lawsuit against the Dekalb County government, work parallel to groups like the SRY Campaign, an anonymous collective of researchers who publicize the home and office addresses of those who seek to destroy the forest. While abolitionists and radical environmentalists have established encampments and tree houses in the forest, a network of pre-schools and parents has built community gardens and hosted public outreach events. Still others have organized raves and cultural events in the forest, connecting the most ambitious artists with the irrepressible spirit of the movement.

Among those who wish to see Cop City built are the Atlanta Police Foundation (APF), mayor Andre Dickens, and the various corporations that stand to profit on the development. At the same time, thanks to a back-room deal with the city government, real estate mogul and film industry executive Ryan Millsap is preparing to destroy a public park on an adjacent land parcel within the same forest.

(Continuar leyendo…)

radio
Noticias de Abajo

(Español) En solidaridad con la resistencia en el Istmo y en repudio al intervencionismo, organizaciones y colectivos se manifiestan frente a la embajada Norteamericana.

Sorry, this entry is only available in Mexican Spanish. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

Ciudad de México, 21 de Marzo 2023; Organizaciones indígenas residentes en la ciudad, colectivos ambientalistas y solidarios se dieron cita para mostrar su apoyo a las comunidades que resisten en el Istmo de Tehuantepec, frente a las múltiples y constantes agresiones que viven, esta violencia está enmarcada por la imposición del megaproyecto «Corredor Interoceánico» y que ya ha cobrado vidas, encarcelamientos, desplazamiento forzado y un constante acoso por parte de grupos de choque de las empresas constructoras y los militares a quienes se les ha cedido los beneficios de la obra. Contradictoriamente el gobierno se pelea en palabras con el gobierno gringo, pero en los hechos se pasea con ellos para la imposición de este proyecto que tiene un alto interés para los Estados Unidos.

En el mitin participó el Frente de Organizaciones Indígenas, organización que se hizo presente hoy frente a la embajada de Estados Unidos, compartió su palabra en la que hizo un recuento del colonialismo y como los «pueblos indígenas han sido testigos por más de 500 años del saqueo y exterminio de nuestro territorio, el cual inició con la invasión de los españoles, invadiendo a nuestros pueblos, asesinando nuestra cultura, saqueando recursos y explotando nuestras tierras» para ahora continuar con esta lógica colonial de megaproyectos capitalistas para favorecer intereses trasnacionales. Los activistas denunciaron los riesgos que esta mega obra tendrá en la vida comunitaria, en la militarización de la zona, en la injerencia estadounidense que pone en riesgo la soberanía del país.

Entre las comunidades que se encuentran en resistencia en el istmo en la zona de Oaxaca, la Unión de Comunidades Indígenas de la Zona Norte del Istmo (UCIZONI) informó sobre su bloqueo que para el día de hoy al 21 de marzo cumple 23 días sobre las vías del ferrocarril del Istmo de Tehuantepec esta movilización impulsada inicialmente por ejidatarios y posesionaros de Mogoñe Viejo, se sumaron campesinos mixes y colonos afectados de las comunidades de Río Pachiñe, El Zarzal, Plan de San Luis, Palomares, San Juan Guichicovi, Vixidu, Hierba Santa, El Maluco, Rincón Viejo Petapa, entre otras, quienes demandan establecer un espacio de diálogo.

También el día de ayer el Frente de Organizaciones Oaxaqueñas (FORO) realizaron una jornada de movilización ante las agresiones del estado mexicano, las fuerzas armadas y el crimen organizado que buscan desactivar su organización comunitaria, además de la visita de AMLO, John Kerry y Kenh Salazar, enviados del gobierno de Estados Unidos para supervisar los trabajos en el Corredor Interoceánico. Entre las exigencias se encuentra: Resolver los conflictos agrarios, libertad para los presos políticos, presentación con vida de los desaparecidos, justicia por los asesinados, por defender sus tierras, alto a la criminalización, alto a la ola feminicida y solución a las demandas sociales.

Aca puedes ver los videos que se transmitieron en vivo:

https://fb.watch/jqVWdZ8VnW/

https://fb.watch/jqVXsMVzo3/

Video del mitin en Oaxaca el día 20 https://www.facebook.com/APIIDTT/videos/943222733533889/

Para más información consulta: https://tierrayterritorio.wordpress.com

(Continuar leyendo…)

Página 8 de 85« Primera...678910...203040...Última »