
Brazil
(Español) Haitianos cambian rutas de migración tras crisis en Brasil
Por Avispa Midia. Texto: Renata Bessi / Fotografías: Anderson Barbosa y Renata Bessi
Brasil fue el país que más recibió los haitianos luego del trágico terremoto de 2010.
Pero ¿cómo están los haitianos ahora con la crisis por la cual pasa Brasil,
agravada por el golpe de 2016?
Caminar por las calles de la región central de São Paulo, principal centro económico financiero de Brasil y de América del Sur, siempre se ha presentado como una explosión de experiencias sensitivas, justamente por la concentración de diversidad cultural que se hace presente en este lugar. Con la llegada de los africanos y principalmente con la entrada masiva de haitianos en este país en los últimos años, esta experiencia se ha intensificado con nuevas formas, sonidos, colores y fragancias, que se expresan en sus puestos de venta de comida, en sus vestimentas, en las obras y artesanías que vendan en las calles. El misticismo que encierran sus rituales religiosos atrapan la atención de los transeúntes en las principales plazas publicas.
Desde el año 2010 hubo un cambio radical en los flujos migratorios hacia Brasil. Anteriormente, era un flujo predominantemente sudamericano, especialmente de bolivianos, paraguayos y peruanos, que llegaban a este país para trabajar en el sector de la industria textil. Después de 2010, una oleada masiva de personas de origen haitiano comenzaron a llegar, personas que no tuvieron otra opción tras la destrucción de su país con el terremoto en el año 2010. También aumentó el flujo de migrantes provenientes de África tras las restricciones migratorias que les impuso la Unión Europea. Sobre todo los haitianos, estuvieron vinculados en pequeñas ciudades en el interior de los estados de Santa Catarina, Río Grande del Sur y sobretodo Sao Paulo, en el sector agro-alimentario, principalmente en el procesamiento de la carne a escala industrial y la construcción civil.
De a cuerdo con el diagnostico realizado por la Organización Internacional para las Migraciones (OIM) y por el Instituto de Políticas Publicas en Derechos Humanos (IPPDH) del Mercosur, hasta finales del año 2016 fueron emitidas 67 mil autorizaciones de residencia permanentes y temporales para haitianos en Brasil. Pero en general se estima que al menos 98 mil haitianos ya habían ingresado entre los años 2014 y 2015.
Hacia la frontera norte de Brasil

(Español) Jornada Nacional de Lucha reúne pueblos indígenas, campesinos, quilombolas y ribereños del Brasil
Em uma ação histórica do movimento brasileiro de luta pela reforma agrária, a União Nacional Camponesa (UNC) e a Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (CONAFER) reuniram mais de 3.000 camponeses e camponesas, indígenas, quilombolas e ribeirinh@s acampad@s em um ato de resistência na Esplanada dos Ministérios em Brasília.
A Jornada Nacional de Luta, batizada como Carnaval Vermelho, teve como objetivo atrair a atenção do poder público para as necessidades e reivindicações de direitos dos trabalhadores rurais espalhados pelos 24 estados brasileiros representados na Jornada.
A Jornada começou na segunda-feira, dia 19 de fevereiro, com um ritual emocionante dos irmãos indígenas Pataxó Hã-Hã-Hãe do Sul e extremo sul baiano, onde pediram à Tupã e aos Encantados que abençoassem as lutas dos próximos dias.
Unindo forças em busca por seus direitos, grupos como Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento de Trabalhadores por Direitos (MTD), Associação Indígena Ybityra Porang Tupinambá (AIIPT), Ligas Camponesas e Urbanas do Brasil (LCU-BR), Frente Revolucionária Mulheres de Luta (FRML), Movimento da Agricultura Familiar (MAF), Movimento Brasileiro dos Sem Terra (MBST), e diversos outros, marcharam durante quatro dias pelos Ministérios e Órgãos Públicos de Gestão protocolando pautas com suas demandas e exigindo uma data para se reunir com os representantes legais.
A pressão popular se mostrou precisa e eficaz quando diversos Ministérios abriram suas portas para o movimento. Justiça, Saúde, Agricultura, Trabalho, Cultura, Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Meio Ambiente, Cidades e INCRA foram algumas das entidades públicas que se mostraram dispostos a escutar e dialogar com os trabalhadores rurais, que reivindicavam nada além de seus direitos, em tese assegurados pela constituição, para garantir uma existência digna e saudável, com acesso à educação e segurança.
Ao final da jornada, os presentes embarcaram de volta para suas comunidades com um sorriso no rosto, com grande parte de suas reivindicações atendidas de imediato por mérito da resistência do povo. Milhares de famílias voltarão a ter alimentos em suas mesas e terra para plantar e produzir, poderão dormir tranquilas sem medo de reintegrações de posse, e muitas crianças poderão frequentar as escolas e ter acesso a saúde básica.
Só através da luta e do poder do povo essas conquistas puderam ser garantidas pelo movimento. A UNC e a CONAFER trouxeram uma nova perspectiva de vida para milhares de famílias Brasil afora. Avante!
Contra eles e por nós. Avante sempre!!!
Fotos: Webert da Cru