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CLACSO

𝐋𝐚 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐥𝐚𝐬 𝐦𝐮𝐣𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐞𝐧 𝐥𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐨𝐬 𝐫𝐞𝐯𝐨𝐥𝐮𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐫𝐢𝐨𝐬 (16 mayo)

𝐋𝐚 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐥𝐚𝐬 𝐦𝐮𝐣𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐞𝐧 𝐥𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐨𝐬 𝐫𝐞𝐯𝐨𝐥𝐮𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐫𝐢𝐨𝐬
Seminario Internacionalismo crítico y luchas por la vida (Mesa 2)

𝟏𝟔/𝐦𝐚𝐲𝐨, 𝟏𝟎h (CDMX) – 18h (CET)

La preponderancia de las mujeres en los procesos emancipatorios a nivel global es innegable y una constante. En esta mesa reflexionará sobre su papel en los procesos revolucionarios en el marco de la Travesía por la Vida además de contarnos sus aprendizajes y retos

Inscripción:
https://bit.ly/3zdb2Ji

Transmisión:
FB: https://www.facebook.com/CLACSO.Oficial
YouTube: https://www.youtube.com/@CLACSOtv

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Slumil K'ajxemk'op

Formación de ‘Brigadistas’ para observación DDHH en Chiapas, en País Vasco, Alemania y Madrid

Brigadas abiertas todo el año, informate y recibe la formacion para apoyar a las comunidades

Euskal Herria:
Brigadista izan nahi duzu Txiapasen? Brigadak urte osoan daude irekita.

Informatu eta jaso prestakuntza urteko edozein unetan: info@lumaltik.org

Alemania:
Wirklich sinnvolle Arbeit und direkte Solidarität gibt es selten. Als Menschenrechtsbeobachter:in in Chiapas, Mexiko, kannst du die zapatistische #Autonomie direkt unterstützen. Im Juni gibt es die nächste Vorbereitung:
https://bit.ly/42gWqFN

Madrid:
Próxima formación en Madrid, 24/junio y 1/julio, para observadorxs de Derechos Humanos en Chiapas. ¡Apúntate! Las comunidades necesitan apoyo

Informes: yretiemble2018@gmail.com

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Frayba

presentación del Informe Frayba “Chiapas un desastre. Entre la violencia criminal y la complicidad del Estado” – 9 mayo

Les invitamos a nuestra magna presentación del Informe Frayba “Chiapas un desastre. Entre la violencia criminal y la complicidad del Estado”.

Reflexionemos juntas sobre la violencia actual en Chiapas, la continuidad de la contrainsurgencia, desplazamiento forzado y despojo a la tierra y el territorio.

Martes 9 de mayo.
18 horas.
Oficinas Frayba. Brasil 14, Barrio de Mexicanos, SCLC, Chiapas.

Live vía FaceBook del Cdh Frayba y en www.frayba.org.mx/envivo

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Cátedra Jorge Alonso

Invitación: 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍𝒊𝒔𝒎𝒐 𝒄𝒓𝒊́𝒕𝒊𝒄𝒐 𝒚 𝒍𝒖𝒄𝒉𝒂𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒍𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂

Estamos a unos días de la Conferencia Inaugural que dictará Gilberto López y Rivas para la Cátedra Jorge Alonso 2023.

¡Les esperamos!

𝐂𝐚́𝐭𝐞𝐝𝐫𝐚 𝐉𝐨𝐫𝐠𝐞 𝐀𝐥𝐨𝐧𝐬𝐨 𝟐𝟎𝟐𝟑
𝑰𝒏𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍𝒊𝒔𝒎𝒐 𝒄𝒓𝒊́𝒕𝒊𝒄𝒐 𝒚 𝒍𝒖𝒄𝒉𝒂𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒍𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂: 𝒉𝒂𝒄𝒊𝒂 𝒍𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒓𝒖𝒄𝒄𝒊𝒐́𝒏 𝒅𝒆 𝒉𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒇𝒖𝒕𝒖𝒓𝒐𝒔 𝒅𝒆𝒔𝒅𝒆 𝒍𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒔 𝒚 𝒂𝒖𝒕𝒐𝒏𝒐𝒎𝒊́𝒂𝒔

LINKS PARA EL PÚBLICO – INSCRIPCIONES A LAS SESIONES DE CADA DÍA:
𝐂𝐨𝐧𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐢𝐧𝐚𝐮𝐠𝐮𝐫𝐚𝐥 (9 de mayo): Las resistencias de los pueblos originarios como el internacionalismo del siglo XXI: https://bit.ly/40oJ0qh
𝐌𝐞𝐬𝐚 𝟏. (16 de mayo) La importancia de las mujeres en los procesos revolucionarios: https://bit.ly/3zdb2Ji
𝐌𝐞𝐬𝐚 𝟐. (23 de mayo) Otro arte, otra cultura y otros medios de comunicación: https://bit.ly/3TP9uyL
𝐌𝐞𝐬𝐚 𝟑. (30 de mayo) El internacionalismo en el siglo XXI para transversalizar las luchas: https://bit.ly/3ZiSDW4
𝐌𝐞𝐬𝐚 𝟒. (6 de junio) Opciones civilizatorias frente a la crisis global: https://bit.ly/3nwHnIk

Evento convocado desde la Cátedra Jorge Alonso, el CIESAS, la Universidad de Guadalajara.

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La Cosecha

Conversatorio “El desafío de la violencia” – San Cristóbal, 2 de mayo

El desafío de la violencia. Para Chiapas y el Planeta Tierra.

Es común que en los últimos meses las conversaciones en la ciudad de San Cristóbal se centran en el ingrediente de la violencia, sumándose a la larga lista de noticias que redefinen el paisaje social. Son más las preguntas que las respuestas y en la medida que avanzamos en el espiral se desdibujan los actores y se entremezclan los conceptos que antes nos ayudaban a entender situaciones particulares.

Las organizaciones de la sociedad civil y los pueblos en lucha y resistencia aportan con el monitoreo constante y son vigilantes de las agresiones, cambios y el despojo cotidiano. Su trabajo confronta el silencio y la esquizofrenia gubernamental. Su perspectiva es fundamental para que más colectividades, familias, barrios y personas se sumen a desentrañar al modelo capitalista que nos toca vivir y resistirlo.

¿Qué cambió en los últimos años? ¿Qué podemos aprender de otros territorios de México que fueron atravesados por violencias similares? ¿Qué estamos sintiendo en nuestros espacios de organización frente a esta tormenta? ¿Cómo recibimos la advertencia Zapatista (2021) de estar al borde de una guerra civil y su llamado al NO A LA GUERRA?

Desde la Cosecha abrimos una conversación más para escucharnos. Revisar, mapear y visibilizar. Sugerimos partir de la ciudad y los barrios en los que vivimos, el estado de Chiapas y terminar con una mirada a escala global.

Abren la conversación:

Raúl Zibechi – Periodista y activista uruguayo
Jennifer Haza – Directora de Melel Xojobal A.C.
Xuno López – CDH Frayba

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El rumor de las multitudes

Reflexões rumo à despatriarcalização e deshierarquização da academia

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Manifestamo-nos por mundos despatriarcais e deshierárquizantes.

Diante da publicação da entrevista com a Weychafe, camarada e intelectual Moira Millán, no jornal El Salto, assim como o capítulo intitulado “The walls spoke when no one else would: Autoethnographic notes on sexual-power gatekeeping within avant-garde academia” – As paredes falaram quando ninguém mais faria: Notas auto etnográficas sobre o poder-sexual como controle de acesso na academia progressista (Viaene, Laranjeiro e Tom)–, não somente não podemos permanecer em silêncio, mas devemos ressaltar que, há algum tempo, temos levantado nossas vozes e ações pessoais e coletivas concretas, em nossos próprios espaços acadêmicos, universitários, ativistas, organizacionais. Para, portanto, em nossas coletivas, redes e movimentos denunciar, combater as hierarquias de conhecimento/poder intrínsecas à academia, bem como a violência de gênero, o assédio e o abuso sexual. No entanto, reconhecemos que tudo o que conseguimos fazer e encaminhar ainda é insuficiente e exige não parar, redobrar nossos esforços, tecer mais e mais lutas, sintonizar-nos melhor para parar/transformar radicalmente as guerras e violências atuais contra as mulheres, a Mãe Terra, outres, niñes e os povos do mundo.

Não podemos esquecer que o patriarcado é a forma mais antiga de dominação. A humanidade aprendeu a dominar no corpo das mulheres, como afirmam os diversos feminismos de Afro/Abya-Yala/América Latina. O patriarcado é uma configuração onto-epistêmica que privilegia a hierarquia, a apropriação, a negação dxs outrxs, o controle, o fetichismo das coisas, a reprodução da violência e das guerras. Ele molda profundamente as subjetividades e afeta a vida de todes. A Academia foi um de seus pilares mais eficazes, pois tem participado ativamente na criação de tal visão de mundo instrumental, objetificante, competitiva e hierárquica, através de suas práticas naturalizadas de saber/poder.

A crise civilizatória pela qual transita o planeta Terra é o resultado do cis-heteropatriarcado em sua conexão histórica com o capitalismo, os colonialismos, o antropocentrismo e as hierarquizações raciais, sexuais e capacitistas. Este é o contexto complexo que invocamos ao denunciar as múltiplas formas de violência contra as mulheres, que têm sido uma constante na história. É a mesma origem que desencadeou o Terricídio (Moira Millán), uma poderosa cosmopolítica conceitual cunhada pelo Movimento de Mulheres Indígenas e Diversidades pelo Bem Viver, que teve origem no Puelmapu Mapuche há já uma década.

Diante da intensificação da barbárie cis-heteropatriarcal com as crises policêntricas, reafirmamos nossa determinação de fazer o que já temos feito e não apenas dizendo ou subscrevendo: continuar a lutar encarnada, diária e situacionalmente para avançar em direção à criação de sociedades verdadeiramente pós-patriarcais, pluriversas, centradas no cuidado, na cooperação, na liberdade e erradicação de todas as formas de hierarquia subordinante – sociedades nas quais todas, todos e todes, junto com os demais seres vivos, possam coexistir “nosótricamente” (em radical alteridade), em mútua criação e, como nos diz a ecofeminista venezuelana Liliana Buitrago, no exercício amoroso da interdependência (“chat” do “Pacto Ecosocial del Sur”). Nosso compromisso com este projeto coletivo em construção tem sido –e é– de nosso trabalho diário. Mas sabemos que ele ainda requer a criação sustentada de sociedades e academias (portanto, com um “a” minúsculo e no plural) muito diferente das atuais.

A Academia: um campo de disputa

A Academia (com A maiúscula e no singular) é para nós um campo de disputa e aí estamos, sem dúvida, posicionadas(os) todos e todas nós que ousamos entrar nele, dialogar com ele, desafiá-lo, habitá-lo e/ou co-construí-lo a partir da prática cotidiana. Muitas(os) de nós ocupamos este espaço por decisão e convicção e sabemos minuto a minuto o que estamos enfrentando. É por isso que o manifesto “Todos sabemos” nos ressoa e interpela quando afirma que o extrativismo epistêmico é estrutural e não apenas um evento isolado na academia. Quando afirma que a Academia é hierárquica e hierarquizadora e que promove a acumulação de poder por aqueles que estão no topo. Muitos deles, nos últimos tempos, têm sido acusados de abuso e assédio moral e sexual. Neste contexto, as mulheres que denunciam são questionadas, enquanto o denunciado se apresenta, então, como uma “vítima”.

Vale acrescentar que, em geral, os sistemas de denúncia de assédio sexual e moral, bem como o extrativismo epistêmico, longe de abordar e reparar os danos, muitas vezes resultam em meras declarações que dão a impressão de que algo será feito, mas no fundo “servem como movimentos performativos que validam o não fazer realmente nada” (por exemplo, Sara Ahmed). De igual maneira deve-se ter em conta que, tanto a forma que toma o assédio como as respostas institucionais, são frequentemente diferenciadas, especialmente quando se trata de acadêmicas, ativistas e intelectuais de grupos subalternizados e racializados. Quem se importa com elas? (Yu Derkys) Quem está disposto a ouvir estas queixas? Quantas mulheres racializadas e subalternizadas não estão cansadas de falar e falar e de que ninguém as escute? Quem está disposto a arranjar tempo para ouvir e ser interlocutor no meio do não-tempo-violento-e-sistêmico em que vivemos?

A Academia não deixa de ser um reflexo de uma sociedade semeada de opressões e rebeliões, com a diferença de uma autonomia reconhecida para proteger o pensamento crítico. Isto é, muitas vezes, instrumentalizado para proteger aqueles que ocupam posições de poder. Os abusos sexuais, tal e como acontece no resto da sociedade, são a parte visível de um sem-fim de práticas cis-heteropatriarcais e machistas que vão desde a cumplicidade entre acadêmicos(as) ao publicar e recircular citações, até os abusos e assédios sexuais que tem sido e estão sendo constantemente denunciados.

Mulheres indígenas e a Academia

Em novembro de 2018, em Buenos Aires, em um jantar informal para compartilhar nossas vidas e lutas, a companheira Moira Millán compartilhou com vários de nós o que agora foi publicado no jornal El Salto. À distância, pode-se perguntar: por que Moira o compartilhou apenas em um espaço privado? Por que ela não havia apresentado a correspondente denúncia legal? Em sua entrevista, Moira menciona suas razões. Se somos severamente autocríticos, podemos nos perguntar: por que nós –seus ouvintes– não agimos contundentemente e, naquele exato momento, a instamos e acompanhamos a apresentar a denúncia correspondente junto às instituições acadêmicas às quais o denunciado pertencia ou com as quais colaborava, em um claro papel de liderança intelectual transnacional? Diante do que ouvimos, o que fizemos? 1) Apoiar Moira e o movimento do qual ela faz parte, nos espaços acadêmicos para os quais a tínhamos convidado. 2) Articular incansavelmente –vários de nós– com ela e com o movimento, assim como com outras companheiras e movimentos, para buscar melhores maneiras de enfrentar as violências e expropriações. 3) Fortalecer o tecido transnacional de alternativas autonômicas de facto e sem pedir permissão.

Vale acrescentar que no dia seguinte ao mencionado jantar, começou o painel para o qual tínhamos convidado Moira Millán e as compañeras do Movimiento de Mujeres e Diversidades Indígenas pelo Bem Viver, tudo no marco do “Primeiro Fórum Mundial do Pensamento Crítico” e da 8ª Conferência Latino-Americana e Caribenha de Ciências Sociais da CLACSO. Lá tivemos a oportunidade de fazer, com Moira, nossas outras convidadas e a plateia, o primeiro ato político-acadêmico para exigir um lugar decente para realizar nosso painel. Em seguida, procedemos a uma ocupação coletiva para ter acesso a um dos auditórios maiores. A gota d´água para este levante foi a acomodação impossível da cadeira de rodas na qual se transportava a colega feminista Mercedes Olivera (que em paz descanse), que era nossa comentarista. A cadeira de Mercedes não podia sequer caber no minúsculo espaço que nosso painel havia merecido. Após a ocupação, já no auditório grande, continuou a participação de Moira e de todas as mulheres indígenas convidadas por nosso Grupo de Trabalho “Corpos, Territórios, Resistências” (GT CUTER).

Um auditório lotado encorpou contundentemente o painel e a palavra das convidadas. De certa forma, o ato de rebeldia que protagonizamos –convidadas, anfitriãs e público–, se traduziu em algo como: Não passará um único tratamento indigno para as mulheres racializadas, subalternizadas! Estes eram tempos em que a CLACSO aprovava a entrada de mais e mais grupos de trabalho que incluíam mulheres líderes, intelectuais e sábias(os) de territórios comunais. Portanto, acreditamos que nossa “revolta coletiva” estabeleceu um precedente importante.

As palavras e ações de Moira estavam em sintonia com as nossas e nos ajudaram a ratificar o caminho –pessoal e coletivo– que trazemos durante décadas, antes de 2016, quando começamos a ser o Grupo de Trabalho CUTER: habitar as instituições acadêmicas e universitárias das quais fazemos parte, as instituições alternativas que estamos construindo com mulheres, as/os outres, povos em resistência, de forma digna e respeitosa, procurando não cair no ventriloquismo e no extrativismo. Abrir espaços dentro e fora das academias para ir posicionando o tipo de trabalho/vida/luta que elas e nós (“nosotras(os)”) praticamos.

Cotidianamente, nos diferentes territórios que habitamos (incluindo o território acadêmico), minuto a minuto, caminhamos com nossa corpa e senti-pensamentos, ações concretas para enfrentar as violências, opressões e guerras. Esta é a maneira pela qual diferentes membras do Grupo de Trabalho CUTER abraçamos, encorpamos e retecemos “a rede da vida” (Lorena Cabnal e a Rede de Curandeiros Ancestrais do Feminismo Comunitário Territorial) de mãos dadas com as mulheres indígenas, afrodescendentes, afrodiaspóricas, camponesas, populares, alter-urbanas, assim como de diversidades sexuais, em diferentes tempos e geografias.

As saídas do labirinto: insuficientes e perigosas

Respeitamos e compreendemos os diversos caminhos que as denunciantes de abuso e assédio sexual tomam na busca de justiça, reparação dos danos, assim como para conseguir a cura de toda a sociedade. Acreditamos que no centro de nossas reflexões e denúncias de assédio sexual e o extrativismo epistêmico deve estar o cuidado. É importante levar em conta o tempo daquelas(es) que, tendo sido violentadxs, compartilham suas experiências em confidencialidade. Respeitar o tempo para curar é uma forma de cuidado. Isto significa não tomar o direito de expor publicamente uma experiência de assédio sexual e extrativismo epistêmico sem o consentimento explícito e o acompanhamento da pessoa que foi violada. Fazer isso revitimiza e promove o punitivismo ao invés da reparação. Em poucas palavras, no centro estão as vítimas, seus tempos e momentos.

Em muitos casos, as denunciantes seguem a via legal ou jurídica. De fato, hoje, os movimentos de mulheres e movimentos de povos em resistência estão simultaneamente nos tribunais e nas ruas se mobilizando. Surge obrigatoriamente, então, a pergunta: de que tipo de justiça estamos falando? Como podemos alcançá-la? Qual via –das muitas possíveis– tomar? Quem nos sentimos chamadas(os) a acompanhá-las? E tudo isso sabendo que, mesmo nos países ditos “democráticos”, a justiça dispensada pelo Estado é comprada e em países não democráticos, mais de 95% da violência de gênero fica impune. Dito isto, não é estranho dizer que não podemos esperar muito da justiça cis-heteropatriarcal oferecida pelas instituições acadêmicas ou pelo Estado.

Sabemos que o aparelho punitivo e a cultura do castigo são parte essencial da estrutura do Estado e das sociedades modernas e que, através delas, se perpetuam as sociedades carcerárias articuladas à extração e a acumulação, com sistemas de justiça que afirmam manter a “segurança e a ordem”, ao mesmo tempo em que se enfurecem contra populações empobrecidas, marginalizadas e racializadas.

Como aponta um texto recente sobre o anti-punitivismo feminista, nenhuma saída está livre de contradições e complexidades. Além disso, estamos conscientes da importância de reconhecer que “o debate sobre o anti-punitivismo não pode cair na fácil tentação de acomodar-se com o teórico” (Laila Serra). Esta é a tentação institucional e academicista. Para o anti-punitivismo feminista, é necessário entrar na “tempestade política do pôr em prática” das justiças, embora o horizonte teórico-político possa/deva ser a autogestão feminista das violências e a visão abolicionista da sociedade e da justiça. Como bem dizem as autoras: “a autogestão coletiva das violências à margem do Estado [do aparato da lei e do aparato punitivo que lhe está subjacente] é uma alternativa que ainda está em construção” e, acrescentamos, apresenta outros riscos e desafios.

Somos testemunhas da digna rabia que Moira expressa em sua denúncia e com ela, muitas mulheres que não receberam a atenção necessária e que seguem padecendo a violência do sistema cis-heteropatriarcal, acadêmico e de despossessão em diferentes territórios. Como trabalhadoras(es) das Ciências Sociais, membros do GT CUTER, resistimos com e entre os povos –mulheres, homens, crianças, jovens e comunidades enraizadas na terra. As denúncias que vamos acompanhando ou encorpando em processos, trajetórias de pesquisas colaborativas, e pesquisas a partir de ações coletivas nos permitem afirmar que o subconsciente cis-heteropatriarcal também se reproduz em muitos coletivos e coletivas, organizações e movimentos alter-nativos. Quebrar as mulheres, por via sexual, é parte da despossessão e do domínio imperialista-capitalista-homocêntrico que busca aniquilar a dignidade pessoal e as subjetividades coletivas e comunais.

Nós nos convocamos e lhes convocamos a seguir criando lugares concretos de des-hierarquização do poder e lugares de cura diante da impunidade institucionalizada e sancionada pelo Estado. Como trabalhadoras e trabalhadores das Ciências Sociais em interseção com artistas, ativistas e feministas territoriais e comunais, continuaremos desmascarando e combatendo, pessoal e coletivamente, qualquer forma de humilhação, extermínio e cooptação de mulheres nos territórios, e persistiremos em seguir nos curando do sistema cis-heteropatriarcal nos diferentes lugares onde estivermos, do gênero que sejamos, dos territórios que habitemos e das histórias que escrevemos e caminhamos.

Os movimentos de vítimas de violações de direitos humanos enfatizam quatro critérios que nos parecem eminentemente aplicáveis aos casos de abuso e assédio sexual: o direito à verdade, à reparação, à não repetição e à justiça. Neste sentido, instamos as diversas instituições acadêmicas (nacionais, latino-americanas, caribenhas e transnacionais) envolvidas –de uma forma ou de outra– em casos de abuso e assédio sexual e extrativismo epistêmico a reverem seus protocolos e comitês de ética e violência epistêmica e de gênero. É, sem dúvida, importante declarar “tolerância zero e rejeição ao assédio sexual” (CLACSO), mas acreditamos que isto é insuficiente.

Acreditamos que em todos os espaços onde nos movemos e atuamos como trabalhadoras(es), ativistas e feministas devemos continuar trabalhando coletivamente e em conjunto com as autoridades institucionais na implementação de protocolos, comitês e políticas internas (explicitamente acessíveis) para promover mecanismos apropriados e expeditos para prevenir, denunciar, debater e agir contra atos de abuso e assédio sexual, contra atos de violência de gênero e epistêmica. Cada instituição acadêmica nacional geralmente tem comissões e códigos ad hoc; as coordenadorias acadêmicas supranacionais devem ter, revisar e atualizar tais instâncias permanentemente. E se não as têm, devem criá-las. Não é suficiente –pelo que já argumentamos acima– deixar o trabalho para as “comissões independentes”. Repetimos, é insuficiente, e até mesmo perigoso, pelas razões já argumentadas.

Nos deixa sem fôlego e nos indigna a resposta de Boaventura de Sousa Santos reduzida à “vingança” diante das ex-estudantes denunciantes via auto-etnografia. “A própria teoria social feminista nos indica que não há lugar, nenhum sujeito intocado pelas relações de dominação e suas interseções”. Para nos emanciparmos delas, para empurrá-las para trás, temos que olhá-las no rosto, reconhecê-las em nós, não tentar esconder em que partes de nós elas habitam… É trazendo-as à tona, debatendo-as, que nasce a possibilidade de mudança” (Lang e Segato).

Sabemos também que precisamos de comunidades acadêmicas e sociais dispostas a debater em profundidade, a aprender permanentemente, a expandir nossa imaginação e a (re)criar coletiva e permanentemente processos emancipatórios –práxis libertadoras– diante das omissões, indiferenças e qualquer expressão de revitimização das mulheres violentadas e das diversas comunidades afetadas. Acreditamos que o que também está em jogo é a construção coletiva de sociedades justas, relacionais e curativas; outros mundos possíveis aqui e agora, como dizem e fazem as, os, oas zapatistas.

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CNI

INVITACIÓN AL PRIMER ENCUENTRO DE SALUD COMUNITARIA: “LA SALUD DE NUESTROS PUEBLOS”, CON EL TEMA: ¿CÓMO ABORDAR LA DIABETES EN COMUNIDAD?

29 Y 30 DE ABRIL, SANTA BÁRBARA ALMOLOYA, SAN PEDRO CHOLULA, PUEBLA

Enfermedades crónicas como la diabetes, la hipertensión, el cáncer, los problemas renales, etc., tienen un origen capitalista, el consumo de comestibles hiperprocesados, el uso de agroquímicos y transgénicos, el despojo del agua y la contaminación de la misma, la contaminación del aire y suelo son resultado de la producción y depredación capitalista.

Los pueblos originarios y comunidades organizadas del campo y la ciudad no tenemos otra alternativa más que generar nuestras propias estrategias de promoción de salud como parte de la construcción de nuestra autonomía.

Defendemos nuestro territorio y nuestra forma de vida para poder consumir alimentos sanos; defendemos nuestros ríos en contra de la contaminación y el despojo para tener agua limpia para tomar y para regar; preservamos nuestras formas recíprocas de relacionarnos en comunidad y con la madre tierra cuidando a la flora y la fauna; detenemos los proyectos de muerte porque es lo que nos corresponde como pueblos. Estamos dispuestos a construir, desde abajo, nuestros propios sistemas de salud y defender así la vida y salud de nuestras futuras generaciones.

Por todo lo anterior, les hacemos una atenta invitación a participar en nuestro primer encuentro de salud comunitaria en el cual compañeras y compañeros de la región y de otros territorios compartirán saberes en torno a la prevención de la diabetes así como del cuidado individual y colectivo de quienes ya la padecen.
Este encuentro se llevará a cabo los días 29 y 30 de abril en el pueblo de Santa Bárbara Almoloya, del municipio de San Pedro Cholula, Puebla.

Las actividades comienzan desde las 8:00 am con la medición de glucosa y presión arterial, así como valoración general médica. Para quienes deseen realizar este chequeo se les pide que asistan en ayunas.
Posteriormente comenzarán actividades de reflexión, análisis y capacitación para que todos y todas las asistentes adquiramos habilidades para el cuidado y la prevención de esta enfermedad.

Las actividades son totalmente gratuitas puesto que son para fortalecer la autonomía de nuestros pueblos.
Las y los esperamos con mucho entusiasmo.

¡Que la salud sea nuestro horizonte y nuestra arma!

ATENTAMENTE
Pueblos Unidos de la Región Cholulteca y de los volcanes
Escuela de salud comunitaria «Alina Sánchez»
Proyecto Urbano de Salud UAM Xochimilco
Geo-grafías Comunitarias
Altepechikawalistli
Comité de Salud de San Luis Tlaxialtemalco
Consejo Regional Totonaco

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Familiares de los 5 presos de San Juan Cancuc

Invitan a acto por los 5 presos de San Juan Cancuc (22 abril, 10 am)

Esposas y familiares de los 5 presos de San Juan Cancuc nos invitan a un acto pacífico a realizarse en el Palacio Municipal de San Juan Cancuc. 22 de abril, 10 hrs.

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Mazatecas por la libertad

Movilización por #SentenciasDeLibertadYa para los #PresosPolíticos de Eloxochitlán de Flores Magón (17 abril 2023)

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Escuelita de la RUA

Conversación abierta: Zapatismo ayer y hoy (17 abril 2023)

La Escuelita de la RUA invita a

Conversación abierta: Zapatismo ayer y hoy

En noviembre de 2023 se cumplirán 40 años de la fundación del EZLN. En agosto del mismo año, festejaremos 20 años de los Caracoles Zapatistas y las Juntas de Buen Gobierno. El 31 de diciembre de 2023 y el 1 enero de 2024, festejaremos 30 años de la Ley Revolucionaria de Mujeres y 30 años del inicio de la guerra contra el olvido. Se trata de un cuádruple aniversario. Para festejar este 40 – 30 – 20, en la Red Universitaria Anticapitalista hemos decidido impulsar un espacio de difusión y diálogo, una conversación abierta que iniciará en abril y terminará en noviembre y a la que hemos nombrado la “Escuelita de la RUA”. Nuestra intención es concluir esta primer escuelita con un gran festejo de acción y reflexión.

Nuestra primera conversación abierta será el lunes 17 de abril, 15 a 17 hrs. frente al auditorio Ricardo Flores Magón de la FCPyS. UNAM

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